Clipping Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1

Governo manda para Congresso projeto de ICMS em combustíveis


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
sábado, 13 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 3 - Reforma Tributária

Clique aqui para abrir a imagem

Autor: Anne Warth Emilly Behnke / brasília


O governo encaminhou ao Congresso Nacional ontem
uma proposta que altera a cobrança do Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), imposto
estadual, sobre combustíveis.


O projeto de lei complementar (PLP) ainda precisa ser
aprovado pelo Congresso para entrar em vigor, mas é
uma tentativa do presidente Jair Bolsonaro de dar
resposta ao aumento do preço dos combustíveis e
agradar os caminhoneiros, uma de suas principais
bases de apoio.


O ICMS hoje incide sobre o preço do combustível - o
preço médio ponderado ao consumidor final, que é
reajustado a cada 15 dias. Cada Estado tem
competência para definir a alíquota. Pela proposta, o
imposto passará a ter um valor fixo por litro do
combustível - a exemplo de impostos federais PIS,
Cofins e Cide.


O texto define que a cobrança do tributo incidirá sobre
combustíveis e lubrificantes detalhado na proposta.


Entre eles estão: gasolina, diesel, álcool, biodiesel, gás
natural combustível e o gás liquefeito de petróleo (GLP),
gás de cozinha. Óleos e querosenes combustíveis
também estão listados, bem como óleos lubrificantes.

De acordo com o projeto, depois da aprovação pelo
Legislativo e da sanção presidencial, os Estados e o
Distrito Federal deverão regulamentar a nova lei por
meio do Conselho Nacional de Política Fazendária
(Confaz), órgão que reúne secretários estaduais de
Fazenda, no prazo de 90 dias.

Se a mudança receber aval do Congresso Nacional, a
arrecadação dos Estados poderá ser afetada. Hoje, eles
arrecadam mais cada vez que a Petrobrás anuncia
aumento no preço dos combustíveis. De acordo com a
companhia, os reajustes mais recentes ocorreram
devido à alta no preço do petróleo e pela desvalorização
do real ante o dólar.

Na semana passada, após anúncio do presidente de
que enviaria o projeto, o Comitê Nacional dos
Secretários da Fazenda (Comsefaz), órgão que reúne
apenas os secretários estaduais de Fazenda, divulgou
nota em que manifestou posição contrária às mudanças
na forma de cobrança do ICMS sobre combustíveis,
como pretende propor o governo federal e culparam
Petrobrás pela alta do preço do diesel. Ontem, depois
de o governo encaminhar ao Congresso o projeto, o
Comsefaz defendeu que a reforma tributária é o
"ambiente adequado" para discutir o assunto.

O projeto, de fato, representa ainda uma mudança na
postura do governo. No início do ano passado, o
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, dizia
que qualquer mudança na base de incidência do ICMS
sobre combustíveis deveria ser tratada no âmbito da
reforma tributária, pois poderia gerar perdas para
Estados.

Previsibilidade. Segundo o governo, pela nova dinâmica
proposta, em casos de aumento no imposto, o novo
valor somente entrará em vigor após 90 dias, "o que
Free download pdf