Clipping Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
sábado, 13 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

'Ô, pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala
aqui, vocês ficam aí irritadinhos na ponta da linha, né?
Sobe dólar, cai a Bolsa. Pessoal, se o Brasil aí não tiver
um rumo, todo o mundo vai per der. Vocês também, pô',
disse Bolsonaro.


'Então vamos deixar de ser irritadinho que não vai levar
alugar nenhum. A gente está buscando soluções. Uma
das maneiras de nós diminuirmos aqui o preço do
combustível é se o dólar cair aqui dentro, mas qualquer
negocinho, qualquer boato na imprensa, tá aí esse
mercado nosso, irritadinho, né? Aí sobe o dólar. Todo o
mundo perde comisso, pessoal', prosseguiu.


Bolsonaro disse na transmissão de quinta que o
mercado não pode ficar se comportando da forma atual
para sinalizar ao governo que não concorda com a
prorrogação do auxílio.


'Pessoal, vocês sabemo que é passar fome?', indagou.


Nesta sexta, Mourão disse que o Brasil ainda levará de
três a quatro meses para ter uma produção de vacina
capaz de dar início a um processo de vacinação
consistente.


'Estão buscando uma solução. Em linhas gerais, ou
você faz um crédito extraordinário, aí seria o tal do
Orçamento de Guerra, ou corta dentro do nosso
Orçamento para atender as necessidades. Não tem
outra linha de ação fora'


A Mourão também foi perguntado sobre a ideia de
Bolsonaro de, nesta sexta, encaminhar ao Congresso
um projeto que estabelece que o ICMS sobre
combustíveis, imposto estadual, será cobrado nas
refinarias ou terá um valor fixo nos estados.


'Vai ter que ser decidido dentro do Congresso. É lei, vai
ser decidido lá dentro, mexe como interesse dos
estados. O presidente está buscando uma solução para
o preço dos combustíveis, que todo o mundo que enche
o tanque do carro sabe que está um pouquinho
salgado', afirmou.


Depois das declarações do vice, Bolsonaro enviou o
projeto. A ideia é definir um valor fixo por litro, e não
mais sobre a média de preços das bombas. O texto
estabelece que os estados deverão aprovar leis próprias
para regulamentar a regra (leia à pág. A19).

O presidente é obrigado a decidir para alguma forma de
auxiliar essa gente. Vamos lembrar, né, se ele disser
que não vai auxiliar, ele vai tomar pau. Se ele diz que
vai auxiliar, ele vai tomar pau também. Então, é uma
situação difícil e julgo que ele vai buscar a melhor
solução Hamilton Mourão vice-presidente

Nas ladeiras de Olinda, o sobe e desce foliões deu lugar
ao vaivém dos carros. No Rio, o silêncio dá o tom dos
barracões das escolas de samba, enquanto em
Salvador os trios elétricos ficaram nas garagens.

Na semana que representaria o pico do turismo, cidades
como Rio de Janeiro, Salvador, Recife e Olinda vivem
um clima de calmaria com o cancelamento do Carnaval
por causa da pandemia do novo coronavírus.

Os hotéis, que chegam a ter ocupação de todos os
leitos neste período e preços até seis vezes mais caros,
este ano têm uma média de ocupação entre 55% e 65%
e descontos no valor das diárias.

No Rio, a ocupação dos hotéis para o Carnaval está em
65%, bem abaixo do ano passado, quando a mesma
taxa foi de 98%. Mesmo assim, empresários do setor
avaliam que o cenário poderia ser ainda pior, afirma
Alfredo Lopes, presidente da ABIH-RJ (Associação
Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro).

'Essa taxa está até interessante, achávamos que iria
afetar mais ainda. Até porque foram tomadas medidas
restritivas em São Paulo, maior emissor de turistas para
o Rio', ele diz.

Segundo Lopes, viajantes que têm como origem o
estado de São Paulo representam 70% de todos que
irão se hospedar nos hotéis do Rio durante o Carnaval.
Ele também diz que o perfil dos hóspedes mudou: se
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