Clipping Banco Central (2021-02-13)

(Antfer) #1

Aliado de ACM Neto, deputado João Roma é novo ministro da Cidadania


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
sábado, 13 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 2 - TCU

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Autor: Ricardo Delia Coletta


Brasília O presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
nomeou o deputado federal João Roma (Republicanos-
BA) como novo ministro da Cidadania, confirmando a
entrega da pasta para um parlamentar do centrão.


Bolsonaro também oficializou nesta sexta-feira (12) o
retorno do ministro Onyx Lorenzoni (DEM-RS) - até
então titular da Cidadania - para um ministério no
Planalto. Ele assume agora a Secretaria Geral da
Presidência.


Roma é amigo do ex-prefeito de Salvador ACM Neto
(DEM) e trabalhou no gabinete dele.


ACM Neto é o presidente nacional do DEM e tenta gerir
um racha entre o s correligionários que defendem uma
maior aproximação com o Planalto e os que querem
manter distância de Bolsonaro. Ele tentou dissuadir
João Roma de assumir o posto.


Após a confirmação, ACM Neto disse em nota que a
aceitação do cargo pelo deputado é lamentável. Ele


também afirmou que, ao aceitar o ministério, Roma
"desconsidera a relação política e a amizade pessoal"
de ambos.

"Se a intenção do Palácio do Planalto é me intimidar,
limitar a expressão das minhas opiniões ou reduzir as
minhas críticas, serviu antes para reforçar a minha
certeza de que me manter distante do governo federal é
o caminho certo a ser trilhado, pelo bem do Brasil",
escreveu.

O Ministério da Cidadania executa os principais
programas sociais do governo, e sua entrega ao centrão
é uma das peças-chave da reorganização do governo
após a vitória de Arthur Lira (PP-AL) como novo
presidente da Câmara.

Já Onyx comandou a Casa Civil no início do governo e
agora retorna ao Planalto no posto que era de Jorge
Oliveira - que foi para o TCU (Tribunal de Contas da
União).

A vitória de Lira em primeiro turno selou a aliança de
Bolsonaro com o centrão, que além do Republicanos
engloba siglas como PL, PSD e PP O movimento do
DEM em direção ao Planalto tem como pano de fundo
os planos da sigla para reeleger sua bancada e disputar
governos estaduais em 2022.

Ao se aproximar de Lira e Bolsonaro, o partido buscou
evitar uma postura de confronto e não fechar as portas
na relação com o governo federal, quando falta ainda
pouco menos de dois anos para as eleições.

A sigla atualmente governa os estados de Goiás, Mato
Grosso e Tocantins e comanda prefeituras como as de
Salvador, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis.

Os governadores Ronaldo Caiado (GO) e Mamo
Mendes (MT) serão candidatos à reeleição em 2022. Os
dois governam estados de perfil conservador, para o
qual não seria conveniente uma oposição frontal ao
presidente.
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