Desaparecer nesse mundo não é esconder-se, mas estar
plenamente presente, no Instante Eterno de sua Presença
Infinita, da Alegria Infinita, quando você se tem nesse lugar no
qual não há mais lugar preferível a outro, no qual não há mais
espaço preferível a outro, no qual não existe mais do que você,
porque a relação faz nascer “Aquele que é” e “Aquele que
vem”, Cristo. Enquanto você não vê Cristo entre você e o outro
- porque o outro é você e ele é Cristo – quaisquer que sejam as
circunstâncias, você não é digno de ser Livre. Isso não é,
simplesmente, questão de dignidade, mas, bem mais, de ver,
realmente, além de toda aparência, ver, realmente, além de
toda visão, de toda história e de todo mundo, a realidade de
seu ser, aquele que está no não ser e que dá nascimento ao ser.
Isso não pode ser uma convicção, não pode ser uma busca, não
pode ser uma crença, apenas pode ser uma Evidência, ou uma
recusa, para você. Não há posição intermediária. Não há,
tampouco, punição. Há, simplesmente, uma consciência que
tem necessidade de ser livre ou há, simplesmente, uma
consciência que não tem mais necessidade de existir, ou seja,
ter-se fora do que ela é, ou seja, a a-consciência, que
compreende, nela, tudo, absolutamente tudo. E, no entanto, de
seu ponto de vista, isso é apenas néant.
Lembre-se de que a Luz é oriunda das Trevas, o que dá a
aparência de uma Criação e dá a aparência de uma luta entre a
Luz e as Trevas. Então, constroem-se histórias, constroem-se
confinamentos ou liberdades, constroem-se experiências, livres
e espontâneas, produzem-se experiências espontâneas e
organizadas. Tudo isso é permitido. Tudo isso é magnífico,