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Sistemas hidráulicos e elétricos,
especialmente os atuadores,
serão fornecidos pela Collins
Aerospace.
Outra empresa anuncia-
da como parceria é a Spirit,
especializada na produção de
fuselagens. Segundo nota oficial,
a previsão é que a empresa seja
capaz de fornecer até 36 seções
dianteiras da fuselagem para a
Aerion, o que oferece uma pers-
pectiva da cadência de entregas
máximas do AS2. Uma curio-
sidade é que a seção central,
que assume uma importância
fundamental no projeto, por sua
regra de área, será produzida
pela espanhola Aernnova, que
possui ampla expertise na pro-
dução de seções em materiais
compostos.
Ao longo de vários anos, a
Aerion trabalhou para forma-
lizar seus fornecedores, muito
por conta de sua falta de expe-
riência no setor aeroespacial.
Considerando que aceitar ser
parceiro de um programa de de-
senvolvimento é algo arriscado
e caro, especialmente em se tra-
tando de um modelo supersôni-
co, a Aerion teve de comprovar
não apenas sua capacidade
financeira, mas também que
seus estudos eram viáveis do
ponto de vista técnico.
Em dezembro, o fabricante
anunciou que cumpriu mais de
78 mil milhas náuticas em ensaios
em túnel de vento. A valida-ção do design básico do avião
permitirá congelar o programa,
dando início à fase mais crítica
até o momento: a construção
do trijato. Nessa fase, a Aerion
deverá demonstrar sua capacida-
de de certificar a aeronave. Não
raro, um programa atrasa meses
ou anos por falhar justamente na
construção, deixando passar de-
talhes imperceptíveis, mas funda-
mentais no processo. Isso ocorre
antes mesmo de passar para a
campanha de ensaios estáticos
ou em voo, mostrando o enorme
desafio que vem pela frente.BOOM SUPERSONIC
A Boom Supersonic promete
iniciar neste semestre a fase de
ensaios em voo com o XB-1 e
confirmar os aspectos do design
do seu projeto. Mesmo em 2021,
em uma era de elevada capaci-
dade computacional, o desenho
de um jato supersônico ainda
é um desafio colossal. Sim,
existem dezenas de aviões mi-
litares capazes de superar com
folga o limite de Mach 1, como
o F-22, o Gripen E/F e o F-35,
que podem até se sustentar em
voo supersônico sem uso de
pós-queimadores, o chamado
supercruise. O desenho aerodi-
nâmico permite a esses caças
voar ligeiramente acima de
Mach 1 por longos períodos.
Ou seja, em teoria, o desenho
básico de um avião supersônico
é amplamente conhecido pelaFEITO EM ESCALA COM UM TERÇO
DO TAMANHO DO JATO ORIGINAL,
O XB-1 DA BOOM SUPERSONIC
DEVE VOAR AINDA EM 2021