Aero Magazine - Edição 321 (2021-02)

MAGAZINE 321 | (^47)
das há um bom tempo e têm seu
valor contábil já consolidado em
real) ou mesmo vendedores que
querem ter um apelo comercial
mais agressivo, muitas vezes,
abandonam a indexação ao dólar
e fixam um valor em real. Isso
comumente surte um efeito rápido
no mercado e, embora seja a saída
mais eficaz para quem deseja
transformar a sua aeronave em ca-
pital financeiro, deve ser adotada
com precaução por aqueles que
buscam um upgrade de aeronave.
Vender uma aeronave cotada em
real para comprar outra cotada em
dólar pode representar uma perda
financeira na operação se não for
executada rapidamente e com
especial atenção.
Apesar da influência do dólar
nas transações, o real sempre será
a moeda escolhida no final de
cada operação, uma vez que, por
ora, o Brasil não permite opera-
ções financeiras internas em moe-
da estrangeira – talvez isso mude
em breve, pois está em tramitação
no Congresso uma resolução que
pode permitir operações internas
em moedas de outros países.
CONTRATOS
Para buscar um certo “con-
forto cambial” nas operações
em dólar, a forma como haverá
a conversão de valor para o real
deve ser regida nos contratos de
compra e venda das aeronaves.
Alguns contratos preveem que
a cotação será aquela baseada
na cotação do Banco Central do
dia anterior ao fechamento do
pagamento. Essa é a forma mais
comum. Outros contratos podem
prever uma faixa de variação da
cotação do dólar, dentro da qual
existem limites de oscilação da
cotação da moeda, provendo uma
segurança tanto para o comprador
como para o vendedor em relação
a alguma especulação do mercado.
Há, ainda, a opção de converter
o valor da aeronave em real no
dia da assinatura do contrato de
compra e venda e ficam livre de
qualquer oscilação do mercado.
Embora essas sejam as formas
mais comuns de contrato de
compra e venda de uma aeronave,
outras variantes podem ser acor-
dadas entre as partes. Certifique-
REGRAS DE CONVERSÃO
DO DÓLAR PARA O REAL
DEVEM SER DEFINIDAS EM
CONTRATOS DE COMPRA