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aeroporto John F. Kennedy (JFK),
um dos mais movimentados em
números de voos internacionais
dos Estados Unidos. Hoje, os
norte-americanos contam com
o maior número de sistemas
EMAS ativos no mundo: são 115
em 67 aeroportos. Nos EUA, a
tecnologia se mostrou eficiente
em 15 incidentes durante os quais
o sistema atuou com seguran-
ça, salvaguardando a vida de
aproximadamente 406 pessoas
entre passageiros e tripulantes,
evitando danos maiores para as
aeronaves e reduzindo o tempo
de interdição (impraticabilidade)
do aeródromo.
O aeroporto de Burbank (Ca-
lifórnia) teve duas saídas de pistas
com aeronaves de mesmo modelo
e resultados diferentes, antes e
depois da instalação do EMAS. A
primeira saída de pista ocorreu
em 5 de março de 2000, quando
um Boeing 737-300 da Southwest
Airlines em um voo de passageiros
procedente de Las Vegas ultrapas-
sou os limites da pista e parou em
uma avenida, próximo a um posto
de gasolina. A evacuação de emer-
gência dos 142 ocupantes causou
ferimentos em 44 pessoas (duas
em estado grave) e a aeronave teve
grandes avarias. Após o acidente,
o órgão de investigações aeronáu-
ticas daquele país (o NTSB) fez
algumas recomendações, como a
instalação do sistema EMAS, que
foi concluída no ano de 2002.
O segundo evento ocorreu
no dia 06 de dezembro de 2018,
durante o pouso do voo 278 pro-
cedente de Oakland. Ao aterrissar
na pista 08, a aeronave ultrapassou
os limites e foi parada pelo EMAS,
não houve feridos entres os 117
ocupantes e os danos na aeronave
foram mínimos.
SANTOS DUMONT
Outros aeroportos no Brasil
também podem receber o sistema
EMAS diante das características
da RESA de suas pistas. O que os
especialistas dizem é que o sis-
tema já comprovou ser eficiente
como alternativa, mais até do que
uma área de escape regulamentar.
O aeroporto Santos Dumont, na
cidade do Rio de Janeiro, encaixa-
-se nesse perfil e poderia receber
o sistema EMAS de paradas. Ele é
um dos aeroportos mais movi-
mentados do Brasil e não tem
para onde expandir. A solução
seria semelhante à de Congonhas,
mas construindo a estrutura de
parada sobre a água e ocupando
o menor espaço possível, com
mínimo impacto ambiental.
Conforme análise de risco
apresentada pela empresa brasi-
leira Runway Solutions, a implan-
tação do sistema EMAS na pista
principal do aeroporto Santos
Dumont traria uma redução de
cerca de 70% do risco, em razão
da diminuição da severidade
causada por uma eventual saída
de pista (overrun). Para realizar
esses cálculos de riscos, a empresa
diz que são considerados dados
específicos de cada cabeceira dos
aeroportos, tais como movimenta-
ção, meteorologia e carta de obs-
táculos, além de diversas outras
informações. Todos esses dados
são compilados em um software
da ACRP (Airport Cooperative
Research Program), que faz cálcu-
los e comparações estatísticas, de
acordo com um enorme banco de
dados de acidentes já ocorridos
pelo mundo. Diante da eficácia
e do custo-benefício do EMAS,
novas licitações devem ocorrer
depois do início da operação em
Congonhas.
O piloto Paulo Licati é comandante
de Boeing 737.
Sistema EMAS
parou Boeing 737
usado no voo 278
da Southwest, que
derrapou na pista ao
pousar no aeroporto
de Hollywood
Burbank: todos os
112 passageiros e
os cinco tripulantes
sairam ilesos
antfer
(Antfer)
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