66 |^ MAGAZINE^321
11/9/2001. Outras crises, tais
como as resultantes da epidemia
de H1N1, SARS-CoV-1, Guerras
do Golfo 1 (1991) e 2 (2002), dos
Conflitos na antiga Iugoslávia,
Tsunami de 2004, da Guerra na
Síria e outros momentos difíceis
na história recente da humanida-
de ficaram limitadas a um país ou
uma região em particular.COVID-19
Entretanto, o momento deli-
cado decorrente da pandemia
da covid-19 é muito maior em
amplitude, em profundidade, em
seriedade e em possíveis “efeitos
dominós” – alguns deletérios e
talvez irreversíveis, sendo outrospotencialmente regeneradores e
que podem, de fato, “oxigenar” o
setor – sobre a aviação comercial
mundial. Lembremos que os im-
pactos desta pandemia vão muito
além da aviação, pois se abatem
também sobre uma extensa
gama de atividades econômicas,
educacionais, culturais, de saúde
(além-covid), religiosas, emo-
cionais, financeiras e políticas da
vida humana.
Neste ponto chegamos à
constatação óbvia de que a raça
humana habitante do planeta Ter-
ra (sim, independente de etnias,
conta bancária, local onde reside
etc.) e as inúmeras atividades
(sociais, econômicas, culturais,sanitárias, entre outras) do mun-
do moderno possuem um grau
absurdo de dependência ao trans-
porte aéreo, e este às anteriores; é
uma simbiose das mais clássicas.
Como vimos, uns não vivem sem
os outros. Turismo de médio e
longo curso e a aviação comer-
cial internacional – empresas
aéreas, aeroportos, prestadores
de serviços a estes, sem falar em
hotéis, setor de eventos/catering,
segmentos de transporte de/para
aeroportos/hotéis/eventos/etc. –
mostraram, de forma cristalina,
que não se sustentam econômica
e financeiramente uns sem os
outros (claro, desconsiderando
os subsídios diretos e indiretos