26 VIAJEMAIS
S
e estiver “inclinado” a visitar
uns dos mais famosos ícones
italianos, vá a Pisa, a meia ho-
ra de trem desde Lucca. Ver a
torre pendente é emocionante.
Pague o mico como todo turista
que se preze, jogando as mãos
para frente fingindo sustentar a
torre, enquanto aguarda o clique
do companheiro de viagem, que
busca com a câmera o ângulo
certo. Pisa é cortada pelo mes-
mo rio Arno de Florença e tem
mais charme do que simplesmen-
te a Piazza dei Miracolli, o cam-
po que reúne, além da torre, o
batistério, de 1284, e o duomo,
de 1063, além do Cemitério de
Campo Santo – construções com
forte influência moura. Tudo é
lindo, mas o campanário de 55,8
metros de altura rouba a cena.
Ele realmente parece que vai cair.
Foi assim desde o princípio. A
construção começou em 1174, e
quando estava no segundo lance
começou a ceder, culpa do terre-
no esponjoso na qual se encon-
tra toda a praça. A alternativa
foi corrigir a falha dando uma
quebrada de cintura do terceiro
andar para cima. Não corrigiu.
Em 2001, foi concluído o traba-
lho de reforço da fundação usan-
do placas de chumbo. Acertaram
40 centímetros na inclinação. E o
que beirava uma “entortadinha”
de seis graus hoje está por volta
de apenas quatro.
pisa
O Rio Arno, que corta Florença,
também passa por Pisa; abaixo, a
Catedral na Piazza del Duomo
FotoS
: ShutterStock