60 VIAJEMAIS
FRANÇA Côte d’Azur
RUÍNAS ROMANAS, CASTELOS,
IGREJAS MEDIEVAIS...N
o contraponto das maiores cidades
da Côte d’ Azur, há pequenos
vilarejos com ruínas romanas, igrejas
medievais e castelos que remontam a um
passado bem anterior ao glamourda região.
Para muitos visitantes, é a parte que mais
agrada. Antibes, por exemplo, próximo a
Cannes, guarda um centro medieval e um
castelo que foi transformado no Museu
Picasso. O espanhol viveu um tempo nesse
castelo, período em que produziu cerca de
150 pinturas, posteriormente doadas à
cidade. Picasso pintou também as paredes
e o teto da pequena e escondidinha capela
Guerra e Paz, na vizinha Vallauris.
A partir de Nice, seguindo pela
Moyenne Corniche, a sensacional estrada
que segue beirando as encostas e liga a
cidade a Menton, há pequenos paraísos
como Villefranche-sur-Mer, uma linda vila
numa baía de pescadores cercada de
montanhas, onde está a capela de Saint
Pierre, com afrescos de Jean Cocteau. O
artista também é o protagonista na casa--museu Santo Sospir, na vizinha Cap Ferrat,
no qual pintou paredes e móveis.
Èze, por sua vez, é um caso de amor à
primeira vista e explorá-la é tarefa prazerosa,
subindo e descendo suas ruelas sinuosas
na encosta da montanha. Suas casinhas de
pedra foram convertidas em restaurantes,alguns com mesas praticamente debruçadas
sobre o mar, como o La Chèvre d’Or, com
duas estrelas Michelin. Há muitas pousadas,
caso queira hospedar-se ali (o que, aliás,
é uma ótima ideia), e muitos ateliês de
arte, como o do artista plástico Pierre Débon,
que veio passar uma temporada há 30 anos
e nunca mais foi embora de Èze. “O sol da
Côte d’Azur me parece sempre mais cálido,
intenso e luminoso”, filosofa o francês.FOTOS: SHUTTERSTOCKEm Èze, um vilarejo medieval de
astral bárbaro, com ruelas e casas
de pedras na encosta de uma
montanha, revela uma das vistas
mais incríveis da Côte d’AzurO Museu Picasso, em
Antibes, guarda uma
grande coleção
de obras do espanhol