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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistasambicioso "Plano Verde" e a presidência de Joe Biden,
nos Estados Unidos, tende a dar novo impulso aos
concertos multilaterais em favor das ações climáticas.
Se a estratégia, por assim dizer, de confronto do
presidente Jair Bolsonaro já isolava o Brasil antes,
agora o isolará ainda mais.
No fim de 2020, a divisão da América do Sul da UE
esboçou um anexo ao acordo estabelecendo
compromissos ambientais e sociais e uma provisão de
recursos europeus para combater o desmatamento na
Amazônia. Mas até o momento praticamente não se viu
qualquer mobilização do Brasil para negociar os termos
desse anexo. Caracteristicamente, membros do
governo, como o ministro do Meio Ambiente, Ricardo
Salles, ou o presidente do Conselho da Amazônia, o
vice-presidente Hamilton Mourão, se queixam
reiteradamente de falta de recursos, mas, quando as
oportunidades aparecem, não mostram nenhuma
disposição para negociar compromissos. Não
surpreende que, dia após dia, o acordo com o Mercosul
siga retrocedendo rumo ao fim da fila de prioridades
europeias.
Acordo ainda depende de um concerto político centrado
na questão ambiental
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas