Clipping Banco Central (2021-02-17)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Poder
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 2 - Reforma Administrativa

Em 2019, o projeto foi aprovado pela Câmara, mas de
forma desidratada em relação à proposta original
encaminhada pelo Executivo.


Os deputados limitaram a flexibilização no porte de
armas para os chamados CACs (Caçadores, Atiradores
e Colecionadores), retirando assim qualquer
possibilidade de estender o porte e aposse de armas
para outras categorias.


O senador Marcos do Vai afirma que a relatoria do
projeto no Senado já estava em andamento, mas foi
interrompida durante a pandemia.


"Quando iniciou a pandemia, eu mesmo disse que não
iria focar [esse projeto] por conta das prioridades que
iriam surgir, na saúde e na economia. Na época não
havia esperança de vacinação, não sabíamos como
proceder", afirmou.


Na última semana, no entanto, os senadores voltaram a
ter tempo disponível para tratar de outras matérias não
ligadas à pandemia. Antes de concluir seu relatório, o
parlamentar afirma que vai ouvir a oposição e
especialistas favoráveis e contrários à medida.


Marcos do Vai também diz que vai promover alterações
no texto aprovado na Câmara, o que vai implicar no
retorno da proposta para aquela Casa - caso aprovada
pelos senadores.


Algumas das mudanças devem contemplar dispositivos
do projeto original de Bolsonaro, aumentando as
categorias que podem ter direito a porte e posse de
armas.


"Tem instituições, como a guarda municipal, que não
estão se sentindo contempladas porque hoje é só
[cidades] acima de 500 mil habitantes para poder
permitir que a guarda seja armada", disse.


"Tem muitos municípios que durante a alta temporada a
população pula de 500 mil habitantes para 2 milhões, 3
milhões de pessoas. Então isso não pode ser um
critério", completa o senador, que também menciona


pedidos de guardas de trânsito e mesmo magistrados,
que atualmente precisam de exames psicotécnicos para
obter o porte.

"Eu vou seguindo com ela [a pauta] em paralelo. Eu
jamais colocaria essa pauta ou pediria para que essa
pauta entrasse em prioridade, em relação a qualquer
uma outra referente à saúde", afirma o senador, que
reconhece que a medida enfrenta resistência, mas que
pretende organizar discussões para esclarecer pontos
sobre a questão.

Na Câmara, em reunião de líderes na última quinta-feira
(11), o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) conseguiu
emplacar a votação de um projeto que determina que
condenado por homicídio ou tentativa de homicídio de
policiais ou agentes das Forças Armadas cumpra pena
em presídio federal de segurança máxima.

O texto, no entanto, não é consenso entre todos os
líderes partidários. Sem acordo, pode não ter prioridade
para votação.

Outros bolsonaristas também aproveitam o cenário mais
favorável na Câmara para tentar emplacar seus pro j
etos.

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) apresentou
texto que altera a lei de execução penal para acabar
com o direito de visita íntima do preso. Outra proposta
do parlamentar busca proibir empresas de exigirem que
o trabalhador seja vacinado contra a Covid-19 para
contratação ou manutenção do emprego.

"Toma a vacina quem quiser e que as pessoas não
sejam pressionadas a isso, principalmente por meio de
coação ao emprego", escreveu em uma rede social.

Carla Zambelli (PSL-SP), também da tropa de choque
bolsonarista, protocolou texto para tornar obrigatória a
apresentação de "boletim de ocorrência com exame de
corpo de delito positivo que ateste a veracidade do
estupro "para que a vítima seja autorizada a fazer
aborto em caso de gravidez provocada pela violência
sexual.
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