(20190200-PT) Exame Informática 284

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EDITORIAL


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screvo no dia em que a Google é, mais uma vez,
multada – desta vez pela França em 50 milhões de
euros e por não cumprir o Regulamento Geral de
Proteção de dados. Todas as tecnológicas que têm
como principal fonte de receita a publicidade vão,
invariavelmente, ter problemas com a justiça. E é fácil perceber
porquê: estas companhias trabalham na melhoraria dos algoritmos
para conseguirem saber mais sobre os utilizadores. Esse é o seu
drive de negócio que é facilitado porque entregamos grande parte
da nossa informação como moeda de troca para poder usar esses
serviços gratuitamente. É como alguém disse: “Quando não pagas
nada para usar um serviço, isso significa que és tu o pagamento”.
E é isso que acontece quando usamos o Waze ou, por exemplo, o
Whatsapp... sem pagar um cêntimo. O pagamento, na verdade, é a
informação que estamos a dar sobre nós. Dados que são vendidos
a anunciantes pelos criadores dessas plataformas. Por isso, quanto
mais souberem sobre nós e quanto mais tempo nos convencerem
a ficar nesses serviços; mais vão faturar. Basicamente, é isto. Um
modelo de negócio que já revelou o seu lado mais pernicioso com
a disseminação de informações falsas, de comportamentos auto-
ritários, e com a amplificação da xenofobia e do bullying. Claro
que os incumbentes dizem que não é possível mudar o modelo de
negócio porque ninguém vai pagar para usar uma rede social. Mas
será mesmo assim? Vejamos: o Spotify já tem mais de 87 milhões
de assinantes pagantes; o Apple Music passou os 50 milhões; a
Netflix tem 139 milhões; a Hulu 20 milhões; e a Amazon Prime
Video revela um potencial de 100 milhões de utilizadores – que são
os que pagam para ter o serviço Prime da empresa. Ou seja, não é
verdade que as pessoas não queiram pagar por serviços digitais. E
há, mesmo, uma via alternativa à publicidade. Basta ver como a
Apple fez da segurança da informação dos seus utilizadores uma
fonte de receita.
O Facebook tem mais de 2 mil milhões de utilizadores mensais,
mas o ritmo está acalmar e a empresa procura novas fontes de
receita - até entrou, em outubro, no mercado dos gadgets com a
Portal - uma coluna de som. Mas não vai ser suficiente para manter
a empresa. Acredito que, mais tarde ou mais cedo, vamos ter de
responder à questão: quanto estaremos dispostos a pagar para usar
esta rede? Um Facebook pago não vai viver da nossa informação
e o seu exército de engenheiros vai poder focar-se em tecnologias
que não estejam centradas em levar-nos, apenas, a carregar num
anúncio qualquer a piscar no ecrã. Essa será a tábua de salvação da
empresa e estaremos perante um momento de libertação: tanto
nosso como de Zuckerberg e dos seus milhares de empregados.

PAGAVA


PARA USAR


O FACEBOOK?


PEDRO MIGUEL OLIVEIRA | DIRETOR
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