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O
CLÁSSICO
FUTURISTA
PEUGEOT 508 GT LINE DESDE €40 900
O ecrã frontal tem várias configurações possíveis de acordo
com as preferências do condutor, incluindo um modo onde
o mapa de navegação ocupa quase todo o ecrã. O modelo
testado incluía visão noturna (opcional), que é capaz de detetar
pessoas e animais que se aproximam da via través da câmara
térmica, lançando alertas de segurança para evitar acidentes.
Este ecrã mostra, também, avisos de proximidades para o
veículo da frente para evitar choques frontais – no limite, o
carro trava automaticamente.
novo 508 impressiona com um design
diferenciador, que mistura pormenores
estilísticos vanguardistas com linhas que
nos fazem lembrar alguns clássicos mus-
culados. No interior, o sistema i-Cockpit,
o pequeno volante e os botões tipo teclas de piano ajudam
a criar um ambiente premium com a tecnologia em desta-
que. Sabem como as crianças gostam de se sentar no lugar
do condutor e fingir que estão a conduzir? Pois, aconteceu
durante o ensaio do carro, mas o menino de 5 anos simu-
lou que estava numa nave espacial. O que é um bom indi-
cador do estilo do interior muito tecnológico deste carro.
O pequeníssimo volante tem um formato que nos faz
lembrar a manche de um avião e até ajuda-nos a segu-
rar corretamente no volante. E fica abaixo do painel de
instrumentos. A ideia é que, como em outros modelos da
marca francesa com i-Cockpit, o condutor veja melhor a
informação, mas achamos que é difícil encontrar a posi-
ção de condução ideal para o efeito. Passámos vários mi-
nutos a alterar as posições do volante e do banco até ficar-
mos satisfeitos, mas mesmo assim a vista para o painel de
instrumentos nunca ficou completamente desimpedida.
O leão testado, com 160 cavalos e uma caixa automática
de oito escalonamentos, demonstrou ter garras mais
que suficientes para um comportamento desenvolto.
A relação entre altura e largura ajudam a um compor-
tamento equilibrado e este carro lida bem com curvas,
mesmo apertadas. Ainda mais quando consideramos o
bom conforto a bordo, sobretudo em velocidades mais
elevadas – a baixa velocidade sente-se alguma vibração.
Quanto à caixa automática, as passagens são rápidas,
mas nem sempre eficientes. Várias vezes sentimos o
carro com “dúvidas” quanto à relação que devia utilizar
e parece-nos que o carro seria ainda mais agradável de
utilizar se fizesse menos passagens de caixa. É possível
optar pelo modo manual graças às patilhas instaladas no
volante – na verdade não são patilhas, mas sim botões,
mas o resultado é o mesmo.
ASSISTÊNCIA Q.B.
O sistema de manutenção na faixa de rodagem é, pelo
menos na versão testada, apenas parcial. Ou seja, este
não é um daqueles carros que se mantém automatica-
mente na faixa de rodagem, mas sim um sistema de
apoio que evita a transposição das linhas que separam
as faixas, pelo menos em curvas suaves. O suficiente
para tornar as viagens longas em autoestrada menos
stressantes. Sérgio Magno