(20190200-PT) Exame Informática 284

(NONE2021) #1
90

N


ALTOS
E BAIXOS

+

+







nota final

/ JOGOS

4,5
PS4 (testado),
Xbox One, PC

o longínquo ano de 2001, os Da Weasel
cantavam Mata-me de novo e foi esse
refrão que nos veio à cabeça quando
começámos a jogar o novo Hitman,
tantas são as formas diferentes que temos à dis-
posição para assassinar pessoas. Mas já lá vamos,
façamos um breve enquadramento primeiro. O
enredo segue os eventos ocorridos no Hitman de
2016 e coloca o Agente 47 e a sua “handler” (uma
operacional da organização de assassinos ICA) no
meio de uma disputa entre dois grupos poderosos
de interesses dúbios que tentam controlar o mundo
de forma sub-reptícia. Assim, Hitman 2 começa
imediatamente com uma missão (que
serve igualmente de tutorial) na Nova
Zelândia, onde a nossa personagem
tem de assassinar Alma Reynard, uma
das principais ajudantes do misterioso
“Cliente Sombra”, e obter mais infor-
mações sobre a atividade do grupo a
que ela pertence. Após esta aventura,
o Agente 47 recebe carta branca para eliminar o
resto da milícia, o que o levará a mais seis missões
em diferentes geografias: Estados Unidos (passamos
logo para a solarenga Miami a seguir), Colômbia,
Índia, EUA novamente, Atlântico Norte e Áustria.
O argumento não é propriamente inovador – o foco
de Hitman 2 está mais na ação – e as cutscenes que
fazem evoluir a narrativa são estranhas, pois as
bocas das personagens não mexem durante os diá-
logos. Percebe-se que a ideia é ter uma edição cool
e moderna, mas não nos parece particularmente
bem conseguida. Contudo, temos de salientar que
a entrada em cena da personagem Lucas Grey e
o twist final do enredo estão bem conseguidos e
deixam antever um Hitman 3 com potencial.


1000 FORMAS DE MORRER
Passemos então para a jogabilidade propriamente
dita. Ao contrário do Hitman de 2016, cujas missões
eram lançadas a cada mês para “forçar” os jogadores


a explorarem ao máximo o potencial de cada mapa,
o novo título coloca imediatamente à disposição
todos os contratos do modo Campanha. Há até
missões ocasionais intituladas “Alvo Elusivo” que
estão disponíveis apenas durante um determinado
período de tempo e que possuem caraterísticas
especiais: não é possível fazer saves e também não
se pode tentar jogar o contrato novamente após ter-
mos morrido ou o termos concluído. Não há muitas
armas novas à disposição, mas temos o regresso da
icónica mala, que permite esconder itens de maiores
dimensões. De resto, Hitman 2 faz jus à frase com
que nos deparamos quando carregamos o jogo: «Faz
do mundo a tua arma». Não queremos
revelar demasiado para não estragar o
prazer das descobertas, mas levanta-
mos a ponta do véu sobre algumas das
formas originais de assassinar os alvos:
asfixiar durante o sono, afogar na sanita,
envenenar comida ou bebida, usar um
robô dotado de reconhecimento facial,
sabotar um carro, empurrar uma estátua, etc... As
possibilidades são quase infinitas e constituem um
argumento de peso para se jogarem os contratos
mais de uma vez, já que há sempre novos porme-
nores para descobrir e desafios secundários que vão
sendo revelados durante o desenrolar da missão.
Comum a praticamente todos eles é a necessidade
de recorrer a múltiplos disfarces, já que o objetivo
é sempre obter uma morte silenciosa. É que entrar
num tiroteio aberto com os guardas é meio caminho
andado para o fracasso. E ter uma estratégia de saída
é fundamental, porque a missão não termina quando
o alvo é assassinado. Os autosaves constantes são
preciosos para que não se tenha de retroceder muito
na narrativa se algo correr mal e os gráficos estão
bem conseguidos. Aliás, um dos pontos fortes de
Hitman 2 é a variedade de ambientes diferentes com
que nos deparamos e de que é exemplo a transição
de uma corrida de automóveis em Miami para a
selva tropical colombiana. Paulo Matos

Disfarces: são
necessários muitos
e variados para
conseguir levar os
contratos a bom
termo de forma
silenciosa


No modo de
jogo Sniper
Assassin temos
de eliminar os
alvos com tiros
à distância

Elaborar
um plano
e executá-lo
com paciência
é muito
compensador

Belo sentido
de humor ao ter
a enfermeira
chamar-nos
de Dr. Reaper

Estas
cutsecenes
estão filmadas
de uma forma
um bocado
pretensiosa

Nem tudo pode
ser explorado –
está ali uma
piscina, mas não
se pode entrar lá
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