(20190200-PT) Exame Informática 284

(NONE2021) #1
94

nota final

/ JOGOS

N


ALTOS
E BAIXOS

+

+

+





4
Nintendo Switch

ão é a primeira vez que a Nintendo traz
personagens de mundos muito diferen-
tes para o mesmo jogo. Aliás, a marca
japonesa é mestre na ciência de “bara-
lhar e voltar a dar”. É o que acontece neste Super
Smash Bros Ultimate que, fica já dito, deve fazer parte
da coleção nuclear de quem tem uma Switch. Se já
está a pensar, “ok, mas jogos de porrada não são
a minha praia”, desengane-se. Este é um jogo de
porrada que pode convencer até quem não gosta
do género. Aqui o espetáculo das lutas
atinge um novo patamar com persona-
gens como Mario, os Inklings de Spla-
toon, Pikachu, o Ryu de Street Fighter,
Link (Zelda) ou Cloud (Final Fantasy).
Isto só para citar alguns porque neste
jogo tanto encontramos personagens
icónicas, conhecidas de todos, como
algumas personagens de jogos mais "rebuscados".
Neste aspeto, Super Smash Bros Ultimate até pode
ser visto como um género de tributo à história da
indústria.
Mas passemos ao jogo propriamente dito. O ob-
jetivo, como não poderia deixar de ser, é derrotar
os adversários. Mais concretamente levá-los a cair
da “plataforma” onde decorre cada combate. Ce-
nários quase tão variados quanto as personagens
disponíveis. Uma componente importante da luta
passa por saber usar bem os elementos do cenário,
muito ao estilo das plataformas. Apenas uma das

muitas variáveis que precisamos de controlar para
ter sucesso nos combates. Tão ou mais importante
que os golpes propriamente ditos é o controlo das
distâncias, a capacidade de anteciparmos os mo-
vimentos dos adversários e o posicionamento. São
fundamentais e adicionam mais profundidade a este
jogo. Não é, de facto, um simples jogo de porrada. O
modo multiplayer com jogadores lado-a-lado vem
ainda aumentar mais o “caos” e, muitas vezes, levar
a momentos surpreendentes. Por outro lado, o mul-
tiplayer online pareceu-nos frustrante.
Talvez tenha sido uma consequência da
altura em que experimentámos, mas
notámos muitos “slow down” e atrasos
de resposta aos comandos. O que se
torna ainda menos aceitável quando
consideramos que o serviço é pago. E
não é só o desempenho que desilude. Há
outros problemas graves, como o sistema que nos
leva para a “arena”. Os jogadores podem escolher
quais as regras que preferem quando entram num
jogo rápido, mas verificámos que muitas vezes as
nossas preferências são ignoradas. Por exemplo, ao
escolhermos batalhas um-a-um sem itens podemos
acabar numa batalha caótica de vários jogadores.
São as falhas do online que nos impedem de dar
uma classificação mais elevada. Mas se é daqueles
que prefere jogar a solo ou com um amigo sentado
ao lado, este jogo vale bem a pena e é um daqueles
títulos a que vai voltar muitas vezes. Sérgio Magno

CAOS CONTROLADO


As personagens que justificam uma parte significativa do sucesso
da Nintendo defrontam-se em combates fantásticos

Personagens
muito variadas,
e várias icónicas

Jogabilidade
e complexidade
das lutas

Riqueza
de efeitos,
itens e cenários

Modo online
lento e com
falhas

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