(20200500-PT) Exame Informática

(NONE2021) #1
73

nota final

/ JOGOS

E


ALTOS
E BAIXOS

+

+

+





4,5
PC (testado),
PS4, Xbox One

terna é a violência em Doom. Nesta edi-
ção, a fórmula foi afinada para levar
o jogador a procurar constantemente
o confronto. Do modo mais violento
possível. Este não é daqueles ‘tiro-neles’ para ser
furtivo ou ludibriar os adversários com conversas.
Aqui, o objetivo é extremamente simples e o mesmo
que em 1993: disparar contra tudo o que mexe. E o
mais perto possível para tornar a coisa ainda mais
visceral. Isto porque um disparo bem conseguido
não mata, mas deixa o monstro para-
lisado, o que cria a oportunidade para
um golpe sem qualquer misericórdia
à queima-roupa – pode ser com a não
menos eterna motosserra – o que espa-
lha amuletos para recuperar saúde. O
conceito é genial: quanto mais baixo é
o nível de saúde da nossa personagem,
mais razões temos para aproximarmo-nos das cria-
turas e aplicar-lhes um ‘glory kill’.
O fuzileiro do futuro que controlamos é lançado
para uma Terra devastada carregada de criaturas,
desde monstros extraterrestres a ‘ex-humanos’.
Os cenários, que retratam um mundo pós-apo-
calíptico tomado pelo que aparenta serem rios de
lava intermináveis, são muito ricos e os limites
dos vários cenários por onde vamos evoluindo
estão inteligentemente definidos pelos edifícios,
elementos naturais e pelos abismos criados pelos
tais canais de lava. Começamos em espaços rela-


tivamente contidos, com um número de criaturas
gerível – a não ser que comece no nível mais difícil


  • mas a ação é imediata e vertiginosa. As arenas de
    combate estão muito bem desenhadas, com uma
    forte componente vertical. Quer seja através de
    rochedos ou do que resta de edifícios, temos de
    subir e descer constantemente, o que enriquece
    o fator exploração e, sobretudo, os combates, adi-
    cionando um elemento de estratégia.
    No geral, este Doom oferece mais que a versão
    de 2016. Melhor design dos cenários,
    mais variedades nos combates, novos
    inimigos que exigem técnicas especí-
    ficas para serem derrotados, grande
    variedade de atualizações de armas e
    desafios complementares. Gostámos
    ainda de descobrir muitos elementos
    escondidos nos cenários e da possibi-
    lidade de alterar o nível de dificuldade a qualquer
    momento sem perder a progressão.
    A título pessoal, confesso que prefiro jogos 'de
    tiros' na primeira pessoa que valorizam mais a es-
    tratégia e as personagens. Mas não posso esquecer
    que ainda hoje a frase “se ao menos pudéssemos falar
    com os monstros”, escrita por Ed Smith na análise
    de Edge ao Doom original, é motivo de chacota.
    Uma demonstração clara que a ação ‘pura e dura’,
    que carrega grandes doses de diversão, é o mais im-
    portante para muitos jogadores. E isso Doom Eternal
    tem. Em quantidades viscerais. Sérgio Magno


VISCERAL


Eviscerar monstros extraterrestres com motosserras, shotguns, explosivos...


A eterna fórmula de sucesso de Doom numa edição muito bem desenhada


Ação, muita ação,
a um ritmo
frenético

Design dos
cenários (arenas
de combate)
e música

Motor gráfico
eficiente, que
não exige um PC
muito poderoso

"Se ao menos
pudéssemos falar
com os monstros"

DOOM ETERNAL €59,99 PC

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