Exame Informática (Junho 2020)

(NONE2021) #1
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JUNHO 2020 EX AME INFORMÁTICA

EDIÇÃO EDEDE IÇIÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÇÃOÃOÃÃÃÃÃÃÃÃÃOÃÃÃÃÃÃÃOÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃOÃOÃÃOÃOÃÃÃÃÃOÃÃOOOO 30330300303000000000000000000000000000000

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2020 EX AME INFORMÁTICA

O que não falta à nossa volta é diversidade de
materiais: das fibras da roupa, aos plásticos dos
equipamentos, passando pelo cimento usado em
infraestruturas ou até pelo próprio material biológico
que constitui plantas e animais. E se todos estes
materiais pudessem fazer... mais? Em vários
laboratórios, um pouco por todo o mundo, estão a ser
criados materiais inteligentes (smart materials em
inglês), isto é, que conseguem evoluir e adaptar-se
às diferentes condições que os rodeiam.
Recentemente, investigadores da Universidade
de San Diego, nos EUA, criaram uma espuma de
pré-polímero de resina que permite que um objeto
criado numa impressora 3D consiga atingir até 40
vezes o seu tamanho original. Os ganhos são claros:
além de permitir que máquinas pequenas consigam
produzir objetos de grande dimensão, incluindo muito
superior ao da própria máquina, também facilita na
logística de armazenamento e transporte, já que o
produto pode apenas aumentar de tamanho no destino
final. Na experiência realizada, uma estrutura circular
precisa de poucos segundos para multiplicar por várias
vezes o seu volume. Lembra-se das cápsulas da série
animada Dragon Ball, das quais chegavam a sair casas
inteiras? Ainda não chegamos lá, mas a ideia de trazer
um pequeno recipiente no bolso com algo ‘gigante’
lá dentro está a dar pequenos passos para que
se concretize. Já existem também polímeros com
memória de formato, capazes de se transformar e
voltar à forma original, e elastómetros de cristais
líquidos, cuja forma muda mediante a temperatura.
Das roupas aos edifícios, passando também pela área
da saúde, os materiais inteligentes vão permitir que um
objeto possa adaptar-se às alterações de exposição à
luz ou contacto com determinados materiais reagentes


  • como uma camisola que se transforma num casaco
    quando começa a chover. Não menos impressionante
    é o trabalho que está a ser feito pela empresa russa
    Planta e que está a criar plantas que brilham no escuro.
    O resultado é conseguido através da manipulação
    genética, cruzando um elemento de bioluminescência
    de uma espécie de cogumelos (neonothopanus fungus)
    com o genoma das plantas. Terão os candeeiros
    os dias contados? R.R.F.


A relação entre o Homem e as máquinas tem evoluído
de forma significativa ao longo das últimas décadas,
ao ponto de já podermos falar, em português, para
muitos dos gadgets que estão à nossa volta – eles
percebem e vão responder! A questão que se coloca
é: o que vem a seguir? Se depender de um grupo de
ultramilionários futuristas e de projetos megalómanos



  • qualquer semelhança com o estereótipo dos vilões
    das BD e dos filmes é pura coincidência –, então em
    breve a simbiose entre humanos e máquinas será
    total. A Facebook, de Mark Zuckerberg, já deixou
    bem claro: quer o cérebro a comunicar diretamente
    com computadores e smartphones. A empresa
    está a desenvolver um sistema cujo objetivo é
    permitir comunicar 100 palavras por minuto com
    os equipamentos que temos à nossa frente. Numa
    experiência já realizada, através de capacetes com
    elétrodos, a tecnológica conseguiu colocar um
    computador a descodificar ações ‘pensadas’ e não
    verbalizadas. Atualmente, a gigante norte-americana
    está a miniaturizar o ‘capacete’ que faz a leitura do
    cérebro e focada na redução de ruído nas traduções.
    Mas a empresa que mais tem feito promessas, e alguns
    avanços, nas interfaces homem-máquina é a Neuralink,
    criada por Elon Musk. Formalmente anunciada em
    2016, esta tecnológica está a desenvolver um
    implante (na imagem em cima) para o crânio que,
    segundo o empreendedor sul-africano, comunicará
    com as diferentes zonas do cérebro. Numa primeira
    fase o objetivo é ajudar pessoas com deficiência a
    recuperarem as capacidades físicas que perderam. Se
    a tecnologia continuar a evoluir, dentro de cinco a dez
    anos, diz Musk, a comunicação entre humanos poderá
    ser feita através destes implantes. “Não precisarias
    de falar. Podíamos fazê-lo apenas por questões
    sentimentais. Serias capaz de comunicar muito rápido
    e de maneira muito mais precisa. Não estou certo do
    que aconteceria à linguagem. Queres falar um idioma
    diferente? Sem problema, apenas descarrega o
    programa”, disse Elon Musk numa entrevista no início
    de maio, naquela que foi uma clara alusão ao filme
    The Matrix e no qual a personagem Neo aprende
    Jiu-Jitsu em poucos segundos graças a um upload
    para o cérebro. Cuidado ficção, a realidade vem aí! R.R.F.


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JIU-JITSU? BASTA


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DAS CÁPSULAS


DO DRAGON BALL

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