NOTA FINAL
DESEMPENHO
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
26
NOTA FINAL
E eis que chegamos ao universo 8K.
Se já acha que o 4K é uma resolução
elevada, então saiba que no 8K
(7680x4320) conta com quatro
vezes mais píxeis. A LG consegue
trazer para o mercado esta próxima
geração de resolução a um preço
relativamente acessível e um dos
segredos para isso está no recurso à
tecnologia NanoCell. Como é possível
que tenha tendência a associar a LG à
excelente qualidade de imagem de um
painel OLED, saiba que a NanoCell
recorre a um painel LCD LED que
utiliza nanopartículas de 1 nanómetro
para absorver as ondas de luz
desnecessárias e tentar apresentar
de forma mais pura o espetro de
cores RGB. A 65NANO956NA conta
ainda com o processador a9 Gen3 AI
para fazer ajustes automáticos
na qualidade de imagem. Portanto,
logo à partida podemos ficar
cativados pela resolução elevada,
pelo preço e pelo tamanho do ecrã –
consideramos que o 8K só faz mesmo
sentido a partir das 65”.
ENCONTRAR O PONTO CERTO
Contudo, assim que começámos
a testar esta NanoCell notámos
imediatamente que a qualidade
de imagem desta tecnologia fica
claramente aquém do OLED. Não
é capaz de apresentar negros tão
profundos e parece faltar-lhe um
pouco mais de brilho e de contraste.
Estes fatores são um pouco
NO REINO DO 8K
LG NANOCELL 8K 65NANO956NA €2999
8K DE 65” A UM PREÇO
RELATIVAMENTE ACESSÍVEL,
MAS A QUALIDADE DE IMAGEM
DA TECNOLOGIA NANOCELL AINDA
FICA CLARAMENTE ATRÁS DO OLED
minimizados quando consumimos
conteúdos em 8K nativo, já que a
resolução elevada é um colírio para os
olhos. O suporte para 8K é igualmente
uma garantia de longevidade para
a TV, já que, neste momento, ainda
escasseiam vídeos nesta resolução
para ver em casa. E, se desejar ver
os que estão disponíveis no YouTube,
vai precisar de uma boa ligação à
Internet para conseguir vê-los com
fluidez. A 65NANO956NA é capaz
de fazer upscalling, mas a verdade
é que não sentimos melhorias
significativas quando estávamos
a ver séries em Full HD ou 4K.
Gostámos do detalhe do modo de
imagem ajustar-se automaticamente
para Dolby Vision Cinema – Casa
quando entramos no Netflix, mas,
fora deste ambiente, sentimos muito
a necessidade de andar a vaguear
pelos diferentes modos (Vivo, Padrão,
Eco, Cinema, Desporto, Jogo, HDR
Efeito, Filmmaker, Avançado Sala
Iluminada, Avançado Sala Escura)
para encontrar o que melhor se
ajusta ao conteúdo que estamos
a visualizar. Nota positiva para a
qualidade do áudio, que apresenta
um bom efeito surround, e nem foi
preciso puxar muito pelo volume
para sentir a potência dos 40 W. A
nível de sistema operativo, contamos
com WebOS, a plataforma que a LG
adquiriu há anos e implementou nas
suas Smart TVs. A interface gráfica
é intuitiva e o comando da NanoCell
é pequeno, contando com pesquisa
por voz e com a tradicional função
ponteiro. Deixámos para o final o que
chama mais atenção logo no início: o
design. As linhas da 65NANO956NA
são sóbrias e a moldura é reduzida.
Ficámos fãs da funcionalidade
que transforma o ecrã numa tela
em que vão passando diferentes
obras de arte (as imagens vão
passando em loop) quando não
está uma fonte ligada, mas
verificámos que o consumo
energético é elevado neste modo.
CARACTERÍSTICAS
Ecrã 8K NanoCell de 65” (7680x4320) ○
Proc.: a9 Gen3 AI 8K ○ Cinema HDR, Ultra
Luminance Pro, Dolby Vision IQ, 8K Upscaler ○
40 W, Dolby Atmos ○ WebOS ○ 3x USB, 4x
HDMI ○ 1454x900x287 mm ○ 28,1 kg
lg.com/pt
3,7
O utilizador vai
ter de navegar
pelas opções
até encontrar
os modos de
imagem e som
mais adequados
ao seu perfil
A tecnologia
NanoCell
contribui para a
democratização
do 8K, mas há
trabalho a fazer
na imagem