37
AGOSTO 2020 EXAME INFORMÁTICA
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AGOSTO 2 020 EXAMEINFORMÁTICA
BENCHMARK
PCMark 10 Extended
4000
0
LENOVO
IDEAPAD
S540-14
€899
HUAWEI
MATEBOOK
14 2020 i7
3179
3637
Ao contrário de alguns
concorrentes, este Huawei
temduas portas USB tipo A, que
facilitam a ligação a periféricos
A porta USB C é, também, a porta de
carregamento e há uma saída HDMI,
prático para ligação a ecrãs externo
NOTA FINAL DESEMPENHO
CARACTERÍSTICAS
QUALIDADE/PREÇO
BENCHMARKS
PCMark 10 Extended: 3179 z Essenciais 7483 z
Produtividade 5426 z Criação Conteúdo Digital 3482
z Jogos 1947 z 3DMark: Sky Diver 8130 z Night Raid
8130 z Time Spy 909 z Cinebench R20 1063 z PCMark
10 Autonomia (Produtividade) 5h 49 m
consumer.huawei. com/pt
4
CARACTERÍSTICAS
Ecrã ISP 15,6” (1920x1080) ○ Processador Ryzen 7
3400U (4 cores, 8 threads), 2,3-4 GHz ○ 12 GB DDR4 ○
GPU Radeon RX Vega 10 ○ SSD de 512 GB e disco rígido
1 TB ○ 12 GB DDR4 ○ Wi-Fi AC, Bluetooth 4.2 ○ 1x USB-C
3.1, 2x USB 2.0, USB 3.1 ○ 357x230x19,9 mm ○ 1,6 kg
JOGOS
Fraco
PRODUTIVIDADE
Muito Bom
CRIATIVIDADE
Bom
AUTONOMIA
Excelente
Huawei tivesse encontrado um espaço
para uma porta Ethernet (rede) ou, pelo
menos, oferecido um adaptador USB
para o efeito. Isto porque ainda é muito
comum, até por razões de segurança,
usar-se ligações por cabo para acesso
às redes das empresas.
E é nas comunicações que a Huawei
tem uma característica única: o Huawei
Share. Como acontece com os outros
MateBooks, basta tocar com um smar-
tphone compatível para estabelecer
uma ligação direta entre os aparelhos.
É verdade que este tipo de ligação só está
disponível em smartphones da Huawei
e Honor com EMUI 10, mas o nível de
integração conseguido é único no merca-
do. Por exemplo, conseguimos controlar
completamente o smartphone a partir do
MateBook, o que inclui acesso às apps e
fazer e receber chamadas telefónicas. É,
também, um método muito fácil para
partilhar ficheiros entre o smartpho-
ne e o computador, já
que não exige qualquer
configuração ou cabo. É
só mesmo tocar e aceitar
os pedidos de autoriza-
ção para estabelecer esta
‘ligação umbilical’ entre
smartphone e PC.
DESEMPENHO
O Core i7 de 10ª geração
‘despacha-se’ mesmo
muito bem. E como há
muita memória RAM e
um rápido SSD, tudo flui.
Até se pode dizer que o
desempenho é excessivo
para um portátil de pro-
dutividade. Ou melhor,
utilizadores que procuram um portátil
para trabalhar em aplicações do tipo
Office e de gestão não vão sentir maior
reatividade nesta máquina que, por
exemplo, num MateBook D14 Ryzen que
custa quase metade do preço. E o Mate-
Book D14 até tem outra vantagem muito
importante: ao contrário do MateBook
14 2020, que tem um ecrã brilhante e
refletivo, o D14 tem um ecrã mate, muito
mais ‘amigo’ da saúde visual. Por outro
lado, este novo e mais caro MateBook
tem ecrã tátil.
NÃO HÁ
BLOQUEIO
DOS EUA?
Como a Huawei tem um bloqueio
imposto pelo governo de Trump
para trabalhar com empresas
americanas, é natural que
surjam muitas dúvidas sobre os
portáteis da marca que utilizam
processadores da Intel e da AMD
e sistema operativo da Microsoft
- três empresas americanas. Isto
é possível porque há pedidos de
exceção ao bloqueio, que foram
requisitados pelas empresas
indicadas e aceites pelas
autoridades do EUA. O que não só
garante o lançamento de novos
portáteis da Huawei, como todo
o suporte associado, incluindo
futuras atualizações do software.
Claro que os €600 extra desta ver-
são trazem algumas vantagens, como a
maior autonomia. Esta máquina é capaz
de trabalhar mais de dez horas conse-
cutivas em aplicações de produtivida-
de. Ou seja, dá para um dia de trabalho
com algumas horas extraordinárias. E,
ao contrário do que é mais comum em
ultraportáteis, tem uma gráfica dedica-
da, uma GeForce MX350. A capacidade
de processamento deste chip da Nvidia
já é suficiente para correr jogos menos
exigentes, nem que para isso se tenha de
baixar a resolução para 720p. Mas está
longe de ser uma placa gráfica para quem
quer um portátil também para jogar.
PREÇO CERTO?
Enquanto analisávamos este portátil,
nunca conseguimos tirar o MateBook
D14 da cabeça. Isto porque o D14 com
CPU Ryzen 5 tem o mesmo design, um
ecrã com melhor ergonomia (sem refle-
xos) e, na prática, oferece
a mesma experiência de
utilização em aplicações
de produtividade. É ver-
dade que os benchmarks
mostram, naturalmente,
mais performance nesta
máquina aqui testada,
com Core i7, mas em uti-
lização real, a diferença só
é notória para quem usa
aplicações mais exigen-
tes, sobretudo da área da
criatividade, que não será
o caso de muitos dos utili-
zadores que procuram um
ultraportátil.
Por outro lado, se com-
pararmos este Huawei
MateBook 14 com outras propostas
semelhantes em termos de hardware,
concluímos que o preço é competitivo.
Basta pensarmos que o MacBook Pro de
13” começa nos €1529 euros para uma
configuração com Core i5 (de oitava
geração), 8 GB de RAM e SSD de 256
GB. A Huawei criou uma máquina que
consegue ser rápida, ter grande auto-
nomia, boa conectividade e, acima de
tudo, qualidade de construção premium.
Em suma, este é um ultraportátil indi-
cado para utilizadores que procuram uma
solução móvel de qualidade também para
algum trabalho na área criativa, como
edição de fotos e vídeos. Sérgio Magno