(20200800-PT) Exame Informática 302

(NONE2021) #1
76

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POR: SÉRGIO MAGNO

CONSULTÓRIO

con

«C

CONSULTÓRIO

DE: JOÃO FRANCISCO


SSD OU M.2?


QUAIS AS


DIFERENÇAS


Caros amigos, vou avançar
para mais uma atualização do meu
PC. E vou, finalmente, entrar no
mundo dos SSD. O disco rígido
atual, de 1 TB, vai passar a ficar
como segundo disco. A minha ideia
é comprar um SSD de 256 ou 512
GB para instalar o Windows e os
programas de trabalho, e usar o
disco rígido para instalar os jogos
e armazenar os meus documentos,
sobretudo fotos e vídeos.
Mas agora tenho uma outra dúvida:
a mainboard, que mudei o ano
passado, tem portas SATA 6 Gbps
e slots M.2 e já percebi que há SSD
para um e outro formato. Quais as
diferenças entre estes dois sistemas?
Vejo que há muitas disparidades
de preço para unidades M.2 com a
mesma capacidade e não percebo
exatamente porquê. Há diferenças
importantes de desempenho?


Primeiro, parabéns por avançar para
um SSD. Vai notar muito a diferença
no arranque do sistema e dos
programas, bem como na abertura de
ficheiros.
A pergunta é simples, mas a resposta


é um pouco mais complexa do que
aparenta. Primeiro, o básico: como
menciona, os SSD podem ser
ligados ao PC via portas SATA ou
ranhuras (encaixes) M.2.
Ou seja, há duas interfaces diferentes
de ligação populares a que estão
associados também formatos
diferentes das unidades. A ligação
SATA é a mais antiga e foi criada
originalmente para os discos rígidos
tradicionais. Seria demasiado
exaustivo falar do desenvolvimento
desta interface, mas é importante
referir que, na versão atual
(SATA 3.0, também conhecido
por SATA 6 Gbps), esta ligação
permite transferências teóricas
até 6 Gbps. Em termos práticos,
a velocidade máxima fica um pouco
abaixo dos 600 MB/s.
Aprofundando um pouco mais a
componente técnica, o protocolo
de comunicações usado na ligação
SATA é o AHCI (Advanced Host
Controller Interface). Em regra, as
unidades SSD SATA têm o formato
de um disco tradicional de 2,5
polegadas, embora existam unidades
mais compactas.
A ligação M.2 é significativamente
diferente e não apenas no formato –
as unidades são pequenas placas
que se ligam diretamente à
placa-mãe (mainboard). Para
começar a complicar um pouco, o
formato M.2 suporta dois tipos de
ligações: Socket 2 (ou B-key) ou

Socket 3 (ou M-key). O primeiro
permite ligações tradicionais SATA,
ou seja, com a mesma capacidade
dos SATA 3.0, e PCI Express 3.0
x2 (cerca de 1500 MB/s de taxa
de transferência). Os protocolos
de comunicação suportados são o
AHCI já mencionado, que vem do
tempo dos discos rígidos, e o NVM
Express (NVMe), uma tecnologia de
comunicação com menos latência e
com capacidade de lidar com mais
comandos (ou seja, melhor que o
AHCI). É importante referir que
mesmo que um SSD use a ligação PCI
Express, se o protocolo for o AHCI, a
transferência de dados vai continuar
a ser limitada aos tais 600 MB/s.
O M-key/Socket 3 apenas suporta
PCI-E 3.0 x4 (cerca de 3100 MB/s
de taxa de transferência) com
protocolo NVMe.
É provável que, depois de ler
tudo isto, já tenha percebido por
que existem unidades SSD M.2
com preços tão diferentes. Os
mais económicos tendem a usar
a interface SATA, o que significa
que têm a vantagem de ser mais
pequenos que os SSD convencionais
e de se ligarem diretamente à
placa-mãe (importante para
máquinas compactas), mas não
trazem acréscimo de desempenho.
Os mais caros são aqueles que usam
o PCI-E 3.0 x4 associado ao
protocolo NVMe, com taxa de
transferência de dados mais rápida.

Os SSD
tradicionais ligam-se
ao sistema via cabo SATA
e estão limitados a uma
taxa de transferência
próxima dos 600 MB/s.
Muito, mas bem menos
que os melhores M.2,
que podem ultrapassar
os 3000 MB/s

Os SSD M.2
com NVM Express
e tipos de células de
memória mais densas
e rápidas, como é o caso
do V-NAND, têm
desempenho muito
superior aos
SSD M.2 SATA
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