Exame Informática - Portugal - Edição 303 (2020-09)

(NONE2021) #1
NOTA FINAL

24

DESEMPENHO

CARACTERÍSTICAS

QUALIDADE/PREÇO

NOTA AFINAL

Este é um daqueles portáteis a
quem o nome assenta na perfeição,
já que a dobradiça tem, de facto,
semelhanças com a lombada de
um livro. E este é um livro de capa
dura, com a Microsoft a apostar no
magnésio para apresentar um chassis
robusto e com uma qualidade de
construção imaculada. Contudo, o
formato peculiar da dobradiça não
é uma mera escolha estética, até
porque ela contribui para aumentar
consideravelmente a espessura
do Book 3 nessa zona. É, sim, uma
ferramenta que permite transformar
este Surface num verdadeiro
multifuncional, ou seja, passá-lo
de um portátil para um tablet ou
um convertível. Para libertar o ecrã
tátil do teclado é necessário ter o
computador ligado e carregar numa
tecla de atalho para a função ou
recorrer ao Windows, uma vez que
a ligação não é magnética e sim
mecânica. Importa salientar que
esta opção permite usar o Book não
só como um tablet de 13,5” (está
também disponível uma versão de
15”) como também encaixá-lo ao
contrário no teclado e ficar com um
convertível. Esta versatilidade implica
que a Microsoft tenha colocado
o botão de energia, volume e jack
de 3,5 mm para auscultadores na


LIVRO DE CAPA DURA


MICROSOFT SURFACE BOOK 3 €2849


UMA MÁQUINA VERSÁTIL E COM BOM DESEMPENHO, VOCACIONADA
PRIMORDIALMENTE PARA CRIATIVOS, QUE É PENALIZADA PELO PREÇO ELEVADO

parte do ecrã, com as portas para
conectividade a ficarem nas laterais
do teclado.

PROIBIDO FAZER BARULHO
O ecrã tem uma resolução elevada e
consegue replicar boas cores, mas
achámos que surgem demasiados
reflexos no painel quando estamos
num ambiente com muita luz. Além
disso, as molduras ainda têm um
tamanho considerável (algo a que
damos desconto por contarmos
com uma fiável câmara frontal para
autenticação facial com Windows
Hello) e o rácio de 3:2 pode não
ser do agrado de todos. Gostámos
muito de escrever neste teclado
(retroiluminado em três níveis), com
as teclas a terem uma dimensão
ergonómica. Contudo, este magnésio
não é o material mais confortável para
a zona de descanso dos pulsos.
A nível de desempenho, começámos
por ficar impressionados com o
absoluto silêncio em que o Book 3
trabalha. Mesmo perante tarefas mais
exigentes, não há ruído. E a fluidez é
uma constante. Aliás, este foi um dos
portáteis com melhores resultados
globais deste teste de grupo nos
nossos benchmarks, algo que não nos
surpreende se olharmos para o preço,
espessura e peso desta máquina, que

também são superiores à dos outros
PCs. Há outras configurações deste
Surface à disposição (algumas até
mais modestas), mas neste Book 3
temos de realçar a presença de 32
GB de RAM (!) e até de uma placa
gráfica GeForce GTX 1650 da Nvidia
(com Max-Q Design). Isto significa
que, além de ser muito eficiente a
lidar com tarefas de produtividade,
esta é uma máquina que já permite
jogar de forma satisfatória. O
estilete é um acessório que ajuda a
complementar a experiência Surface,
mas a Microsoft vende-o à parte.

Há portas para
carregamento
tanto no ecrã
como no teclado

CARACTERÍSTICAS
Ecrã tátil PixelSense de 13,5” (3000x2000)
○ Proc. Core i7-1065G7 de 4 núcleos a 1,5
GHz ○ Gráfica GeForce GTX 1650 ○ 32 GB
de RAM e SSD de 512 GB ○ 2x USB, USB-C,
2x portas Surface Connect (uma na base
e uma no tablet), leitor de cartões SDXC ○
312x232x15-23 mm ○ 1,6 kg

microsoft.com/pt

3,8


BENCHMARKS
PCMark 10 Extended: 3610 z Essenciais
7097 z Produtividade 6043 z Criação
Conteúdo Digital 3273 z Jogos 3272 z
3DMark: Sky Diver 11429 z Night Raid
12411 z Time Spy 1533 z Cinebench
R20 1216 z Final Fantasy XV (FHD,
Standard) 2279 z PCMark 10 Autonomia
(Produtividade) 9 h 37 m

ECRÃ
MUITO BOM

UTILIZAÇÃO
MUITO BOM

DESIGN
MUITO BOM

AUTONOMIA
MUITO BOM

O processador
encontra-se na zona do
ecrã, mas é no teclado
que fica a gráfica
dedicada
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