Exame Informática - Portugal - Edição 303 (2020-09)

(NONE2021) #1
80

NOTA FINAL

ALTOS E BAIXOS

+

C


omeçamos com um ponto prévio. Testá-
mos este jogo na PlayStation, mas, como
é um ‘party game’ online, é mesmo ne-
cessário ter uma subscrição do serviço Plus para
desfrutar dele. Curiosamente, no nosso período
de teste, o título até era gratuito para os membros
de PlayStation Plus. Posto isto, mergulhemos no
jogo. Esta é uma espécie de battle royale em que
60 jogadores se defrontam numa série de minijo-
gos em arenas tridimensionais. A cada ronda vão
sendo eliminados sensivelmente 20 participantes
(o número não é estanque, numas vezes são mais
e noutras são menos). A mecânica do jogo é como
a estética: simples e divertida. Os minijogos são,
na maioria dos casos, corridas de obstáculos em
que é necessário atravessar a meta, um pouco ao
estilo do que nos habituámos a ver nos populares
Jogos Sem Fronteiras: os primeiros apuram-se, os

outros são eliminados – assim sucessivamente até
haver apenas um vencedor. Há também jogos de
futebol (peculiares, obviamente, que incentivam a
cooperação e o trabalho de equipa) e até alguns que
puxam pela capacidade de memória do utilizador.
A ordem dos minijogos é aleatória, o que nos pa-
rece um fator essencial para assegurar a diversão.

COM APENAS TRÊS BOTÕES SE FAZ A FESTA
Diversão acaba mesmo por ser a palavra-chave
em Fall Guys. Este não é jogo ambicioso do ponto
de vista gráfico, apostando em criaturas com um
aspeto mais infantil, mas cujo design nos parece
adequado para o espírito do título. Tem laivos de
viciante – a cada queda reagimos com mais vontade
de voltar a tentar passar o obstáculo –, principal-
mente se jogarmos online com um conjunto de
amigos, onde podemos embarcar num ‘bate-boca’
para espicaçar os ânimos. Em termos de jogabi-
lidade, impera, mais uma vez, a simplicidade, já
que apenas há três botões para usar: X para saltar;
quadrado para mergulhar; e R2 para agarrar.
Fall Guys simula um ambiente de concurso tele-
visivo, o que significa que o nosso desempenho nas
diferentes provas nos permite aumentar a fama.
Os pontos ganhos podem ser depois usados para
personalizar a nossa skin. É possível adquirir cores,
padrões, acessórios, danças e gestos – tal como acon-
tece no Fortnite, por exemplo – e há micro transações
para se passar a contar com máscaras de animais ou
vestimentas de cachorros-quentes, entre muitos
outros itens. Em suma, não é um jogo revolucionário
em nenhum aspeto, mas é capaz de assegurar mo-
mentos bem divertidos, especialmente se for jogado
com um círculo social próximo. A longevidade pode
estar garantida se forem sendo disponibilizados novos
minijogos com alguma regularidade. Paulo Matos

4
PS4 (testado), PC

Nada de armas
ou mortes, aqui
o ambiente
é mais pueril

Um agarrão aqui,
um mergulho ali...
Vale tudo nestes
mini desafios

Aaahhh,
ser ultrapassado
em cima da meta
para a última vaga
da qualificação dói...

Micro transações
ao estilo de Fortnite
ou como pagar
para personalizar
a skin
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