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QUAL O NÍVEL DE ELETRIFICAÇÃO
MAIS ADEQUADO PARA MIM?
Neste esquema apresentamos uma árvore de decisão para escolher
o nível de eletrificação mais adequado ao seu perfil
POSSO CARREGAR O CARRO EM CASA E/OU NO TRABALHO?
DEVE OPTAR POR UM VEÍCULO ELÉTRICO (VE)
SIM NÃO
ESCOLHA UM HÍBRIDO TRADICIONAL (FULL HYBRID)
FAÇO VIAGENS LONGAS COM FREQUÊNCIA?
UM HÍBRIDO PLUG-IN PERMITE ANDAR EM MODO
ELÉTRICO NO DIA-A-DIA E NÃO ESTÁ DEPENDENTE DOS
POSTOS PÚBLICOS NAS VIAGENS LONGAS
SIM NÃO
SE AS LIMITAÇÕES DE AUTONOMIA/CARREGAMENTO
NÃO FOREM PROBLEMA, OS 100% ELÉTRICOS
GANHAM EM PRATICAMENTE TUDO O RESTO
A baixa capacidade do sistema elétrico faz com que os
mild-hybrid não sejam capazes de circular apenas em
modo elétrico. Não são considerados veículos elétricos.
HÍBRIDO
Também conhecidos por full hybrid ou híbridos con-
vencionais, nestes veículos é usado um motor elétrico,
associado ao motor de combustão, com potência suficiente
para mover o veículo a baixas velocidades. O Toyota Prius
foi o criador desta categoria. A bateria tem alguns kWh de
capacidade, o suficiente para fazer mover o carro alguns
quilómetros com o motor de combustão desligado. Nestes
veículos não é possível carregar a bateria a partir de uma
fonte externa, pelo que estes carros são também conhe-
cidos por híbridos autorrecarregáveis. Uma expressão
que pode criar a ideia errada de que a energia é criada
‘do zero’. Na verdade, toda a energia elétrica é produzida
quando o motor elétrico recebe potência: do motor de
combustão ou da recuperação feita nas desacelerações e
descidas. O sistema de gestão do veículo comuta entre três
modos: elétrico (motor de combustão desativado), híbrido
(motor elétrico e motor de combustão) ou apenas motor
de combustão. A escolha do modo depende de variáveis
como a aceleração imposta pelo condutor e nível de carga
da bateria. Uma das grandes vantagens desta arquitetura
é a possibilidade de o motor a combustão estar muito
tempo desligado em circulação urbana (nos semáforos,
por exemplo), situação e que as poupanças de combustível
podem atingir 30 a 40%. Por outro lado, em utilizações
mais intensivas, como viagens em autoestrada em alta
velocidade, as poupanças podem ser nulas. Os híbridos
deste tipo não são considerados veículos elétricos.
HÍBRIDO PLUG-IN
Este é o primeiro nível de eletrificação que entra na cate-
goria dos veículos elétricos (VE). Na prática, estes carros
têm uma arquitetura muito parecida à dos híbridos con-
vencionais, sendo que a grande diferença é a utilização de
baterias de maior capacidade (normalmente entre os 10 e
os 15 kWh), que podem ser carregadas por fontes externas.
A autonomia em modo elétrico é, normalmente, de 40 a
60 km – já foram anunciados modelos com cerca de 100
km de autonomia. Regra geral, estes híbridos, também
conhecidos por PHEV (Plug-in Hybrid Electric Vehicle),
têm motores elétricos mais potentes que os híbridos
convencionais e, como tal, podem atingir velocidades
elevadas em modo elétrico. Existem vários PHEV 4x4,
onde um dos eixos – normalmente o traseiro – é moto-
rizado exclusivamente por um motor elétrico.
ELÉTRICOS COM EXTENSOR DE BATERIA
Estes veículos podem ser vistos como uma subcategoria
dos PHEV. Ao contrário dos híbridos, onde o motor de
combustão tende a assumir o ‘papel principal’, estes
carros são, acima de tudo elétricos, no sentido em que é o
motor elétrico que transmite sempre potência às rodas. O
motor de combustão, normalmente compacto e de baixa
potência, existe apenas para fazer rodar um gerador para
produzir energia elétrica para alimentar a bateria e/ou o
motor elétrico.