72
quais as potências máximas suportadas pelos diferentes
tipos de carregamento. Informação que, conjugando com
o consumo médio indicado no ponto anterior, permite-
-nos ter uma ideia da velocidade de carregamento. Ou
seja, em média, quanto quilómetros se carrega por hora.
Os carregamentos podem ser feitos normalmente usan-
do corrente alternada – AC, o tipo de energia elétrica que
chega às nossas casas – ou em corrente contínua (DC).
As maiores potências de carregamento usam corrente
DC, como é o caso dos Postos de Carregamento Rápido
(PCR). Os Postos de Carregamento Normal (PCN) usam
corrente alternada. Verifique quais as potências máximas
suportadas pelos VE em cada um destes casos (AC e DC).
Se, por exemplo, planeia instalar e usar, sobretudo, uma
wallbox (muito comum em empresas), então deverá
valorizar carros com elevada potência de carregamento
em AC (11 ou mesmo 22 kW). Se, por outro lado, vai car-
regar em casa, onde a potência costuma ser baixa, uma
potência de carregamento em AC de 7 kW é mais do que
suficiente. Se vai fazer viagens longas com regularidade
ou planeia carregar muitas vezes em PCR, então deverá
valorizar uma elevada potência de carregamento em DC
(100 kW, por exemplo).
TIPOS DE BATERIA
As baterias podem ser criadas usando diferentes tecno-
logias e arquiteturas. Informação muito técnica que, em
regra, não aparece na listagem de características dos VE.
Mas há uma característica importante para utilizadores
mais intensivos, como é o caso de táxis ou similares: o
sistema de refrigeração. Quanto melhor for o sistema de
controlo térmico, melhor será, à partida, a capacidade
para a bateria suportar uma utilização mais exigente
durante mais tempo. Uma utilização mais intensiva, como
velocidades elevadas (autoestrada), mais carregamentos
rápidos ou acelerações fortes frequentes, leva ao sobrea-
quecimento da bateria se esta não estiver equipada com
um bom sistema de controlo da temperatura. Felizmente,
é cada vez mais comum que os VE usem baterias com
sistemas de refrigeração com base em circuitos de líquidos.
BEV
100% ELÉTRICO
MANUTENÇÃO
BEV
Os 100% elétricos têm muito menos peças móveis e, por
isso, têm menor necessidade de manutenção. Nos 100%
elétricos não há o típico óleo de motor, filtros (motor),
embraiagem ou correia de transmissão. Elementos
cuja manutenção pode representar alguns milhares de
euros ao longo da vida do carro. Nos híbridos plug-in, a
existência de motor de combustão obriga às manutenções
idênticas à de um carro tradicional.
AUTONOMIA
PHEV
Como têm motor de combustão, os híbridos plug-in podem
funcionar mesmo com a bateria descarregada e, como tal,
não estão dependentes da rede de carregamento pública.
O que é especialmente útil em viagens longas. Se faz, com
frequência, viagens acima da autonomia de um 100%
elétrico ou tem uma atividade profissional que o leva a
fazer viagens repentinas, sem hipótese de planeamento,
os PHEV podem ser a escolha mais adequada.
CONSUMO/EFICIÊNCIA
BEV
Já se sabe que a eficiência do motor elétrico é muito
superior à do motor de combustão. Nos PHEV, não só há
um motor de combustão com a ineficiência associada,
como também há que contar com o peso extra do sistema
elétrico, com destaque para a bateria. Isto significa, por
exemplo, que não faz sentido usar um PHEV se a bateria
não for carregada com regularidade – infelizmente, algo
que é comum em frotas empresariais, onde por vezes se
adquire os PHEV por razões puramente fiscais.
CUSTO TOTAL
BEV
É difícil traçar comparações diretas entre PHEV e BEV
no que diz respeito ao custo de aquisição porque não há
muitos exemplos no mercado de modelos equiparáveis.
O Hyundai Ioniq é um dos modelos de automóveis
disponíveis com diferentes níveis de eletrificação e a
versão PHEV tem um preço similar à versão BEV. Neste
caso, é óbvio que o custo total de propriedade dos 100%
elétricos será mais baixo devido às vantagens nos custos
de combustível/energia, manutenção e benefícios fiscais.
PHEV
HÍBRIDO PLUG-IN
CITROËN AMI