(20201100-PT) Exame Informática 305

(NONE2021) #1
79

OPINIÃO


CONTEÚDO PROMOCIONAL

O QUE VEM


A SEGUIR?


COMO SERÁ A


CIBERSEGURANÇA


NA ERA


PÓS-COVID?


P


ode parecer estranho falar sobre “pós-COVID”,
quando as infeções e, tragicamente, as mortes
continuam a aumentar em todo o mundo. No
entanto, continuo otimista de que o brilhantismo dos
cientistas e um compromisso global para encontrar
uma vacina acabarão por render os devidos frutos.
Portanto, gostaria de encorajar fortemente os execu-
tivos a começarem a planear seriamente como con-
duzir os negócios quando virarmos esta página. Como
aprendemos rapidamente quando o COVID-19 surgiu
e se espalhou, os riscos de cibersegurança também
cresceram - e muitas organizações não estavam ade-
quadamente preparadas. Portanto, vamos começar
a planear essa próxima grande ameaça, de forma a
garantirmos a defesa e a resiliência adequada para
garantirmos a robustez e a continuidade de negócio.
Já o filósofo George Santayana terá dito que quem não
aprende com a história está condenado a repeti-la.
Os executivos devem manter esse conselho presente
quando considerarem o impacto que o COVID-19
teve nas suas organizações. Eu acredito que existem
quatro lições principais que os líderes devem entender
e seguir ao traçarem as suas estratégias de ciberse-
gurança futuras:
#Um dos poucos aspetos positivos da pandemia foi
a consciência e a compreensão de como o trabalho
pode e deve ser feito em locais remotos. Trabalhar
remotamente expôs as vulnerabilidades de segurança

cibernética de muitas organizações; foi uma lição dura


  • mas necessária – de aprender.
    #A mudança para cloud já não é uma tendência, mas
    uma necessidade. Portanto, ter uma estratégia de se-
    gurança cibernética na cloud passou a ser uma obri-
    gação. Mas só pode ser garantida se as conexões forem
    seguras, protegidas, em conformidade e alinhadas com
    as políticas de dados.
    #Boas práticas e políticas de segurança cibernética
    do passado já não são uma garantia de sucesso para o
    futuro. Os problemas vão ser cada vez mais elaborados
    e complexos e, como tal, as plataformas tem que ter a
    capacidade de ser personalizadas e de escalar e evoluir
    as frameworks de segurança.
    #As organizações precisam de mais formas de correla-
    cionar dados aparentemente díspares para conseguir
    fornecer o “contexto” certo aos dados relacionados com
    a segurança. Esta tarefa é se calhar o ponto mais difícil
    dos que já discutimos, pois necessita de escala e capa-
    cidade e, mais do que isso, de “inteligência artificial e
    “machine learning” para contextualizar tudo. Também
    será necessário ser mais inteligente do que estar aplicar
    recursos humanos brutos para resolver esta problemática.
    Então e agora? Como é que conseguimos tornar isto
    tudo em realidade?
    Devemos ter como objetivo uma estratégia de segurança
    cibernética modernizada e consciente do contexto.
    Fazendo da seguinte forma:



  1. Funcionários, parceiros, fornecedores e clientes
    precisarão de ligações a ativos digitais – aplicações,
    dados e serviços – ainda mais seguros do que são hoje.
    Toda gente e todos os dispositivos precisarão de ser
    protegidos em qualquer local, especialmente quando
    estiverem conectados a redes domésticas e serviços
    de cloud pessoais.

  2. A monitorização de eventos e incidentes precisará de se
    tornar mais sistemática, mais detalhada e mais inteligente
    e ser capazes de colocar o comportamento do utilizador
    e a sua atividade de dados no contexto adequado.

  3. Nenhuma organização terá o luxo de adiar uma es-
    tratégia de segurança cibernética centrada na cloud.
    Aqueles que tinham começado com uma estratégia
    “cloud-first” agora estão a mudar para “cloud-only”.

  4. E, finalmente, a automação deve tornar-se um prin-
    cípio fundamental da defesa da segurança cibernética e
    está a tornar-se rapidamente uma marca registada das
    organizações mais inteligentes e visionárias quando se
    trata de segurança cibernética.
    A pandemia afetou pessoas, organizações e economias.
    Mas mesmo se não tivermos uma bola de cristal, todos
    sabemos a direção da transformação digital. Como ci-
    dadãos devemos saber que tanto existem perigos graves
    lá fora como no mundo cibernético, devemos seguir
    as orientações das nossas equipas de segurança. E as
    empresas devem encontrar novas formas de proteger
    os ativos digitais mais valiosos das suas organizações,
    criando um ambiente digital seguro e protegido.


PAULO VIEIRA
SALES MANAGER DA PALO ALTO NETWORK
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