(20201100-PT) Exame Informática 305

(NONE2021) #1
96

ALTOS E BAIXOS

+

NOTA FINAL

3,3
PC (testado),
PS4, Switch

CAPTAIN TSUBASA: RISE OF NEW CHAMPIONS €49,99

As animações
dos remates
especiais fazem
lembrar mesmo
a série

Entradas duras,
dribles ‘fantasma’
e remates
em barda – a ação
pode ser frenética

Texto em português?
Só do Brasil

Se já for um
grande fã
de Tsubasa,
vai achar o modo
História repetitivo

S


e é a primeira vez que está a ouvir o nome
Tsubasa, podemos adiantar que, muito
provavelmente, este jogo não é para si. Se
seguiu a icónica série de animação japonesa que a
RTP transmitiu em tempos (e, posteriormente, a SIC
e o Canal Panda), então este Rise of New Champions
poderá ter alguma espécie de apelo. Contudo, pre-
pare-se para algumas surpresas se estava habituado
a ver este anime com a dobragem portuguesa, já que
personagens marcantes como Benji ou Mark Landers
estão presentes com o seu nome original – Genzo
Wakabayashi e Kojiro Hyuga, respetivamente.
É possível jogar dois modos História diferentes.
O primeiro, Episode Tsubasa, é aconselhável para
quem está a iniciar-se no jogo, já que serve de
tutorial e também funciona como introdução
para quem não está dentro deste universo. Con-
tudo, cedo nos apercebemos que o jogo de futebol
propriamente dito acaba relegado para segundo
plano. As cutscenes são frequentes e grandes, e
perdemos a conta ao número de cliques que demos
para fazer avançar os diálogos. Além disso, quem
já conhecia o anime pode ficar desanimado por
ver a reprodução quase na íntegra de uma das
temporadas de Captain Tsubasa – neste caso, a do
torneio escolar em que a equipa da nossa vedeta
vai tentar o tricampeonato e em que ‘Benji’ está
na Alemanha a treinar e ‘Landers’ desenvolve um
novo tipo de remate. O segundo modo História,
New Hero, permite-nos criar a nossa própria

personagem e tem maior longevidade, já que
pode ser jogada três vezes, pois no início temos
de escolher uma de três equipas e isso leva a
desenlaces diferentes.

REMATES COM NOTA ARTÍSTICA
Acabámos por passar menos tempo a jogar futebol
do que julgávamos e quando entrámos em campo
deparámo-nos com um jogo onde não há faltas.
Aliás, os roubos de bola são conseguidos através
de cargas de ombro ou carrinhos que mandam o
detentor de bola a voar pelo ar. Literalmente. Os
dribles também são peculiares, como na série, com
movimentos rápidos e esguios, e os remates são,
na sua maioria, condenados ao insucesso. É que os
guarda-redes são muito bons e difíceis de bater,
pelo que é necessário baixar-lhe o atributo ‘espí-
rito’ através de remates frequentes ou recorrer aos
nossos jogadores estrela para executar um remate
especial. Não se admire, portanto, se o guarda-re-
des defender a bola, mas acabar por entrar com ela
pela baliza adentro devido à potência do chute. Não
é, de todo, um simulador que pretende ser realista
(como PES ou FIFA), mas garante alguns momentos
divertidos, especialmente se já for fã de Tsubasa e
companhia, e os gráficos são bons. Mas também
deixa um travo agridoce, pois as cutscenes e os
diálogos parecem intermináveis, o que nos deixa
mais com a sensação de que estamos a ver uma
série do que a jogar. Paulo Matos

A icónica série de anime foi convertida num novo jogo, mas quem está
à procura de um simulador de futebol tem de ir bater a outra porta

UMA ESPÉCIE DE FUTEBOL

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