(20201200-PT) Exame Informática 306

(NONE2021) #1
69

NOTA FINAL

ALTOS E BAIXOS

+

PC, PS4 (testado),
Xbox One

T


oda a vida fugi dos simuladores e jogos de
combate aéreo como o diabo foge da cruz.
Mas Star Wars: Squadrons parecia diferente.
No final, este jogo surpreendeu: pela experiência da
jogabilidade, pela história envolvente (tanto mais
quanto mais fã for da saga cinematográfica), pelo
detalhe técnico e, no final, por me ter feito olhar
de forma diferente para este género de videojo-
gos. Star Wars: Squadrons leva-nos para depois dos
acontecimentos de O Regresso do Jedi (Episódio 6),
no qual a Nova República está a estabelecer-se, mas
ainda existe muita estrutura e apoio daquele que foi
o Império. Ao longo de dez capítulos, somos levados
por uma história que nos coloca em ambos os lados
da barricada: ora pertencemos ao esquadrão Van-
guard, no qual temos o prazer de pilotar os famosos
X-Wing, ora pertencemos ao esquadrão Titan, no
qual pilotamos os assustadores TIE Fighters (prefiro
estes, as naves dos maus, pilotam-se melhor). Toda a
trama desenrola-se em torno da criação de uma nova
arma (uns defendem-na, outros tentam destruí-la)
que vai ajudar a Nova República a lidar de vez com
os ‘fantasmas’ do Império. Existem breves apari-
ções de personagens icónicas, como Darth Vader e
o Almirante Ackbar, mas nota-se que foi feito um
esforço para criar uma história original, que possa ser
uma referência para futuros cruzamentos de enredo.
No que às batalhas diz respeito, gostei do ritmo
constante da ação – entre pilotar a nave, abater os
inimigos, evitar os tiros laser dos inimigos, ajus-

tar velocidade, munições e escudo em função do
momento da missão, e ter que cumprir objetivos
principais e secundários –, chegamos ao final de
cada missão com o coração a bater mais rápido. O
detalhe técnico está muito bem conseguido, das
naves aos ambientes de batalha, tudo parece ver-
dadeiramente saído de um filme Star Wars e eu, fã
da saga me confesso, fiquei rendido. A experiência
de circundar um Star Destroyer é excelente! Mas
tirando a ‘camada’ de Star Wars, o jogo funciona
muito bem como simulador de voo imersivo (su-
porta inclusive equipamentos de realidade virtual).
Entre batalhas, existem momentos de diálogo com
diferentes personagens num sistema point-and-cli-
ck – ou seja, não podemos andar com a personagem
pelo cenário, só podemos olhar à volta e interagir
com elementos muito específicos. Teria sido mais
divertido algo mais dinâmico, mas aí já traria proble-
mas de imersão para o modo VR (que não testámos).
Uma palavra especial para a Motive Studios, por
ter conseguido tornar fácil de assimilar um estilo
de jogo que é conhecido pela sua complexidade.
Defeitos? A longevidade podia ser maior, mas
a ideia é mesmo transitar do modo história para
longas batalhas online, disponíveis em dois modos.
E quando encravámos noutra nave (por termos es-
colhido o caminho errado, p. ex.), é praticamente
impossível sairmos dali sem morrer.
Para um jogo, mesmo de nicho, com história, ritmo
e ação, o preço é justíssimo. Rui da Rocha Ferreira

HÁ EQUILÍBRIO NA FORÇA


Esqueça os Jedi, aqui a história é outra. Deixe-se voar nas naves icónicas
de Star Wars e surpreender pela escala e beleza dos cenários

STAR WARS: SQUADRONS €39,99

O detalhe técnico
das naves
e das localizações
das batalhas
fazem-nos sentir
num filme

Performance
sem quebras
e enredo de
qualidade

Aposta no modo
VR limitou potencial
de exploração
do jogo

Mais umas missões
no modo história
vinham mesmo
a calhar

4,3

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