METODOLOGIA
AS MAIORES DO PORTUGAL TECNOLÓGICO
78200 MAIORES
TECNOLÓGICAS
FATURAM 11 MIL MILHÕES
Num ano atípico em que tudo mudou no mundo e nos negócios
torna-se ainda mais importante distinguir as empresas que se destacam
pelo seu desempenho. Conheça as 200 maiores no setor
das tecnologias da informação e aquelas que continuam, ano após ano,
a marcar a diferença na sua forma de encarar o mercadoTexto Fátima FerrãoO
final do ano é sinónimo de balanços e de avaliações
para muitas empresas. Mas é também o momento
em que a Exame Informática, em parceria com a
Iberinform Crédito Y Cauciòn, distingue, entre
as 200 maiores tecnológicas do país, aquelas que lideram pela
dimensão, pelo crescimento da equipa ou do volume de negó-
cios, pela capacidade exportadora, ou pela aposta na inovação.
De ano para ano, e já lá vão seis edições deste ranking,
o topo desta tabela mantém-se relativamente estável, com
as mesmas empresas (salvo raras exceções) a disputarem
entre si os dez primeiros lugares. Esta edição não foge à
tendência, com as trocas de lugar a acontecer apenas entre
a oitava e a décima posições.
Com o volume de negócios a marcar o critério base para a
elaboração deste ranking de organizações, importa destacar
que, entre as 200 maiores a atuar no setor das tecnologias
da informação, o volume total de faturação no exercício
fiscal de 2019 somava 11,4 mil milhões de euros, cerca de
800 milhões acima do valor das receitas no ano anterior.
Um crescimento que pode ser explicado por um conjunto de
fatores, nomeadamente a aposta mais forte na transformação
digital a que o país assiste nos últimos dois anos.O ANO DAS RENOVÁVEIS
Em cada edição das "200 Maiores do Portugal Tecnológico", e a
par com o conjunto de distinções atribuídas nas nove categorias
avaliadas, há um sector eleito pela sua importância no pano-
rama atual do país e/ou do mundo, ou pelo seu desempenho
no ano anterior. Em 2020, o sector das Energias Renováveis
foi o escolhido, uma vez que o país caminha a passos largos
em direção à meta da neutralidade carbónica definida, pelo
acordo de Paris, para 2050. Os desafios da transição energética,
as energias que farão parte do mix necessário a esta mudança
de paradigma, e os obstáculos que ainda é preciso ultrapas-
sar, têm marcado a agenda empresarial do sector. A APREN
(Associação Portuguesa de Energias Renováveis) vence, por
isso, o prémio especial de setor nesta edição.Já nas categorias habituais – Telecomunicações, Fabrico,
Distribuição e Serviços – as empresas distinguidas lideram
em volume de negócios nas suas áreas de atividade, defi-
nidas pelo CAE principal que nelas se enquadra. Fora desta
seleção, ainda que se enquadrem em termos de CAE e de
volume de negócios apresentados, ficam todas as empresas
cuja sede se localize na Zona Franca da Madeira, que atuem
como traders, que apresentem dívidas à Autoridade Tribu-
tária, ou ainda que estejam em PER (Processo Especial de
Revitalização) ou insolvência.
Os vencedores desta edição para as quatro categorias
relacionadas com a área de atividade são, sem surpresa, as
mesmas das últimas edições. A MEO mantém o primeiro
lugar do ranking global e vence na categoria de Telecomu-
nicações. Na Distribuição volta a vencer a Samsung, assim
como no Fabrico a Siemens mantém a primeira posição. Na
categoria de Serviços é a IBM a garantir o primeiro lugar.
Olhando ao desempenho noutros critérios que não ape-
nas as receitas, a Iberinform Crédito Y Cauciòn identifica
mais um conjunto de empresas. Para a distinção Fast Mover
Volume de Negócio, que este ano é entregue à estreante
Critical TechWorks – que recebe também o prémio Fast
Mover Emprego por ser a que mais contratou –, é feita uma
combinação entre os critérios variação relativa e variação
absoluta das receitas.
De olhos postos no mundo, a Farfetch volta a ser a que
mais vendas realizou fora do país em 2019, vencendo tam-
bém o prémio Top Score, atribuído à empresa que melhor
desempenho obteve em todos os critérios analisados.
Por fim, a Inovação, prémio em que vence a Vortal, destaca
a organização que obtém melhor resultado na ponderação
de critérios como o nível de emprego em I&D, considerando
o peso dos colaboradores na área, relativamente ao total
de empregados acima de 15%. Consideram-se ainda os
critérios I&D, Crescimento, Exportações, Emprego, Risco
e Rendibilidade, aos quais foram atribuídas ponderações em
função da relevância que foi considerada para este prémio. ■