EX AME INFORMÁTICA
máxima de um carro a gasolina, mas pratica-
mente todos se preocupam com o respetivo
consumo. Consumos de energia mais baixos,
um valor expresso em kWh/100 km (o equiva-
lente dos elétricos a litros/100 km dos veículos
tradicionais), representam, naturalmente,
menos custos. Mas há outras vantagens: maior
autonomia para a mesma capacidade de bate-
ria e, muito importante, potencial para car-
regar mais depressa. Isto porque se um carro
elétrico consumir 15 kWh/100 km e carregar
a uma potência média de 30 kW, uma hora
ligado ao carregador permitirá recuperar 30
kWh (30 kW x 1h) o que representa 200 km
de autonomia para um consumo médio de 15
kWh. Mas se o mesmo carro consumir apenas
10 kWh/100 km, então na mesma hora será
possível recuperar 300 km de autonomia.
Esta característica é tanto mais importante
porque os nossos testes têm demonstrado que
há diferenças grandes de eficiência.
VELOCIDADE E MODOS
DE CARREGAMENTO__
Esta é uma característica que conduz a muitas
confusões, já que nem sempre é fácil com-
preender as diferenças entre potências e tipos
de carregamento. Sobretudo para quem não
está familiarizado com a linguagem técnica.
Em resumo, o que precisa de saber é quais as
velocidades de carregamento em cada tipo de
carregador, desde a tomada lá de casa até aos
postos de carregamento rápidos (ou mesmo
ultrarrápidos). Em regra, as marcas indicam
quais as potências máximas suportadas pelos
diferentes tipos de carregamento. Informa-
ção que, conjugando com o consumo médio
indicado no ponto anterior, permite-nos ter
uma ideia da velocidade de carregamento.
Ou seja, em média, quanto quilómetros se
carrega por hora.
Os carregamentos podem ser feitos normal-
mente usando corrente alternada – AC, o tipo
de energia elétrica que chega às nossas casas
- ou em corrente contínua (DC). As maiores
potências de carregamento usam corrente DC,
como é o caso dos Postos de Carregamento
Rápido (PCR). Os Postos de Carregamento
Procure pelos artigos Tudo Sobre
Elétricos em visao.sapo.pt/volt para,
por exemplo, ficar a saber como utilizar
a rede Mobi.E, analisar em pormenor os
custos totais de propriedade e dominar
a linguagem técnica e os conceitos.
SABER MAIS
Normal (PCN) usam corrente alternada. Ve-
rifique quais as potências máximas suporta-
das pelos VE em cada um destes casos (AC e
DC). Se, por exemplo, planeia instalar e usar,
sobretudo, uma wallbox (muito comum em
empresas), então deverá valorizar carros com
elevada potência de carregamento em AC (
ou mesmo 22 kW). Se, por outro lado, vai
carregar em casa, onde a potência costuma
ser baixa, uma potência de carregamento
em AC de 7 kW é mais do que suficiente. Se
vai fazer viagens longas com regularidade ou
planeia carregar muitas vezes em PCR, então
deverá valorizar uma elevada potência de
carregamento em DC (100 kW, por exemplo).
TIPOS DE BATERIA__
As baterias podem ser criadas usando dife-
rentes tecnologias e arquiteturas. Informação
muito técnica que, em regra, não aparece na
listagem de características dos VE. Mas há uma
característica importante para utilizadores
mais intensivos, como é o caso de táxis ou
similares: o sistema de refrigeração. Quanto
melhor for o sistema de controlo térmico, me-
lhor será, à partida, a capacidade para a bateria
suportar uma utilização mais exigente durante
mais tempo. Uma utilização mais intensiva,
como velocidades elevadas (autoestrada),
mais carregamentos rápidos ou acelerações
fortes frequentes, leva ao sobreaquecimento
da bateria se esta não estiver equipada com
um bom sistema de controlo da temperatura.
Felizmente, é cada vez mais comum que os VE
usem baterias com sistemas de refrigeração
com base em circuitos de líquidos.