(20200918-PT) Exame Informática Semanal

(NONE2021) #1
EX AME INFORMÁTICA

‘receita’ usada), potências de carregamento/
descarregamento, temperatura de funcionamento
e excesso de descargas completas. Em regra, nos
VE a capacidade da bateria mantém-se próxima
da original durante vários anos e é raro ser
necessário substituir a bateria durante o período
de vida do veículo. De tal modo que é habitual os
fabricantes darem garantias vastas, normalmente
de 8 anos. Aliás, alguns estudos demonstram
que a probabilidade de trocar um motor de um
carro a combustão é maior que a probabilidade de
trocar a bateria de um carro elétrico, sendo que
os custos são da mesma ordem de grandeza. Em
muitos casos, as baterias podem ser reparadas
(troca de módulos, por exemplo). Em suma, o mais
provável é que nunca troque a bateria do seu VE.
E se o tiver de fazer, então deverá ser porque
já acumulou tanta utilização que as poupanças
associadas são superiores ao custo da troca da
bateria. Há um mito muito repetido, que diz que
a bateria deve ser descarregada completamente
antes de voltar a ser carregada. Com as baterias
de iões de lítio, não só esta regra é falsa como é
contraproducente.


O DESEMPENHO É BAIXO__


O fenómeno Tesla veio ajudar a desmistificar
esta ideia, mas há ainda quem acredite que os
VE são lentos e pouco entusiasmantes. Nada de
mais errado. O binário instantâneo e elevado dos
motores elétricos faz com que estes veículos
tenham uma aceleração muito forte. Na verdade,
mesmo os elétricos menos poderosos podem
ser mais rápidos a acelerar nos primeiros metros
que alguns desportivo com motor de combustão.
Esta disponibilidade também torna a utilização
mais confortável e como os VE não têm caixa de


velocidades e embraiagem, são mais rápidos a
responder aos nossos comandos sem perdas de
potência intermédias.

CARREGAMENTOS


MUITO LENTOS__


De facto, carregar totalmente uma bateria
numa tomada comum pode demorar mais de um
dia – depende, obviamente, da capacidade da
bateria. É normal, numa tomada elétrica comum,
conseguir uma velocidade de carregamento
inferior a 20 km/hora. Mas há que, uma vez mais,
fazer bem as contas. Em utilização comum,
raramente se descarrega por completo a
bateria o que significa que, mesmo à velocidade
mencionada, basta uma noite de carregamento
para recuperar pelo menos 100 km de autonomia
(o suficiente para o dia seguinte). Ora, esta
velocidade pode ser duplicada ou triplicada se se
instalar um carregador doméstico ou se usar um
carregador portátil mais potente. Situação em
que uma noite será suficiente para adicionar 200
ou 300 km de autonomia à bateria. Depois há os
postos de carregamento rápido. Os mais comuns
(máximo atual na rede Mobi.E) disponibilizam
50 kW de potência, o que, dependendo do
consumo do carro, é suficiente para carregar
entre 100 a 200 km em meia hora. Há ainda que
considerar os carregadores ultrarrápidos, como
os Tesla Supercharger – já várias estações em
Portugal – com potência acima dos 100 kW. No
caso dos Supercharger da Tesla, a potência mais
habitual é de 150 kW, mas na estação de Loulé
já é possível carregar a 250 kW. Nestes postos,
15 minutos podem ser suficientes para carregar
300 km de autonomia.
Free download pdf