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Letras pequenas
N
ão conheço uma pessoa que leia os termos de
utilização antes de instalar uma aplicação no PC
ou uma app no tablet ou smartphone. Também
não conheço quem leia a política de cookies quando
acede a um site, nem quem leia antes de aceitar os novos
termos da Google quando faz uma busca online. É o
conhecido problema das letras pequenas dos contratos:
quando os aceitamos nem sempre estamos cientes das
implicações. Recentemente, alguém me comentava que
“por coincidência”, tinha visto publicidade online de um
produto pouco depois de o ter procurado num site. Nesta,
como em outras áreas, não existem coincidências: quase
tudo o que fazemos online fica guardado num servidor.
Normalmente, o objectivo é convencer-nos a comprar o
produto que procurámos e, noutros casos, é identificar
padrões no comportamento dos consumidores.
E tudo isto é legal. Por um lado, os utilizadores aceitam
os termos de utilização que seguem as políticas
de privacidade dos diferentes países. Por outro, podem
bloquear os cookies na navegação online ou, simplesmente,
não instalar uma app ou deixar de aceder a um site.Aponta e Amola
ALEXANDRE SILVEIRA
[email protected]ZEPHYRUS É O NOVO ‘TODO-PODEROSO’
DA ASUS ROG
n A marca chama-lhe o «por-
tátil de gaming mais avançado
do mundo». Pelas specas que a
marca apresentou, isto é bem
capaz de ser verdade: Intel Core
i7 de 7.ª geração (Kaby Lake),
placa gráfica NVIDIA GeForce
GTX 1080 e ecrã Full HD G-SYNC
de 120 Hz com 15,6 polegadas. O
sistema operativo é o e Windows
10 Pro. Este novo portátil Asus
com o “carimbo” Republic of
Gamers tem um perfil com uma
espessura entre 17,9 e 16,9 mm,
num chassis que privilegia a
refrigeração eficiente, tudo com
a ajuda do Active AerodynamicSystem da Asus. Estas dimen-
sões leva a que a Asus o apelide
também de «portátil de gaming
mais fino do mundo».
Em relação ao teclado,
elemento essencial para definir
um bom gamer, temos retro-
-iluminação individual com Aura
RGB, iluminação personalizada e
anti-ghosting 30-key rollover.
No “menu” deste portátil para
jogos estão ainda 24 GB de
memória DDR4 a 2400 MHz, um
disco M.2 com 512 GB, conectivi-
dade Wi-Fi 802.11ac e uma bate-
ria de quatro células com 50Wh.
O preço é de 3499,99 euros.CANON LEVA TRÊS PRÉMIOS
EISA 2017 PARA CASA
n A Canon recebeu três distinções da European Imaging and Sound
Association (EISA). A EOS 5D Mark IV foi a melhor câmara
profissional, a 77D, a melhor câmara de consumo e a Canon 16-
35mm F2.8L III USM (com um revestimento antirreflexo) foi consi-
derada a melhor lente profissional.
A 5D Mark IV, além da capacidade de gravação 4K e focagem automá-
tica rápida em modo Live View, também inclui a funcionalidade Dual
Pixel Raw, que permite «retocar e aperfeiçoar a nitidez e desfocagem
de fundo das imagens à posteriori», lembra a Canon. Já a a 77D tem
um sensor cmos de 24,2MP e, além da capacidade Dual Pixel CMOS
AF, oferece focagem automática no visor electrónico, com 45 pontos
tipo cruzado. Esta máquina tem um processador DIGIC 7, disparo
continuo (6 frames por segundo) e conectividade Wi-Fi/Bluetooth.É o conhecido problema das letras
pequenas dos contratos: quando os
aceitamos nem sempre estamos cientes
das implicações.Mas a questão-chave é a seguinte: se conhecêssemos
as implicações da utilização de uma aplicação ou um site
antes de o usarmos, será que o utilizaríamos na mesma?
Provavelmente sim, mas estaríamos mais bem informados
e poderíamos mudar o nosso comportamento.
É o chamado direito à informação. Se, estatisticamente,
ninguém consulta os termos e condições do acesso digital
ou, mesmo se os consulta, não os consegue decifrar, então
cabe ao legislador garantir o tal direito à informação.
Como? Não tenho a fórmula exacta, mas passaria talvez
por um resumo em linguagem comum e acessível
a todos, das implicações da utilização destas plataformas.
A imprensa tem contribuído para amenizar o problema.
Foram publicados vários artigos online a alertar para esta
questão, quando a Google alterou os termos de utilização
do seu motor de busca.
À medida que usamos mais apps e consultamos mais sites
com maior frequência, mais sentido faz que estejamos
informados sobre as consequências. E essas não podem vir
codificadas em letras pequenas.