PC Guia - Edição 260 (2017-09)

(NONE2021) #1

PLAY


88 / PCGUIA


Nathan Drake "pendurou
as botas" e agora é a vez
de Chlog Fraser correr mundo
à procura de tesouros.

S


igo as aventuras de Nathan Drake
desde o primeiro capítulo quando
ele procurava o tesouro do seu
antepassado, o corsário inglês Sir Francis
Drake. Já naquela altura, em que PS3 era
o topo (mas que, obviamente, ainda não
tinha as capacidades gráficas das consolas
de hoje), os programadores da Naughty Dog
conseguiram criar um jogo com cenários
que nos transportavam para ilha tropicais,
onde a única coisa que apetecia era fica na
água quente e deixar o dia correr...


TOMB RAIDER NO MASCULINO


Uncharted foi uma resposta a Tomb Raider,
só que no masculino. Nathan Drake sempre
teve de fazer o mesmo que Lara Croft fazia
nos seus jogos: saltar, trepar e resolver
puzzles e, ocasionalmente, andar aos tiros
para salvar o couro. Tudo isto, enquanto
procura um tesouro mítico que o vai deixar
riquíssimo. Mas, tal como em Tomb Raider,
quando Nathan está quase a alcançá-lo, ele
esfuma-se. No entanto, como se costuma
dizer: o gozo está na viagem e não no
destino. E as viagens de Drake são sempre
como que andar numa montanha russa.


No final de Thief’s End, Drake reformou-se
e tornou-se um homem de família. Por isso,
quem é que a Naughty Dog poderia ir buscar
para das seguimento esta tão bem-sucedida
história? Chloe Frazer. Tal como Nathan,
Chole é uma caçadora de tesouros que já
tinha aparecido em Uncharted 2: Among
Thieves e em Uncharted 3.
Neste episódio da série, a nossa heroína,
acompanhada de uma mercenária
sul-africana chamada Nadine Ross, viaja
até à India para encontrar parte da Presa de
Ganesh, o deus do panteão indiano, filho
de Shiva, que tem cabeça de elefante e que
perdeu parte de uma presa numa grande
batalha há milhares de anos. Essa presa
(tusk), apesar de não ter quaisquer poderes
místicos, pode unificar o povo na guerra
civil que se desenrola no país. Por isso,
Nadine e Chloe têm de competir com um
bando de rebeldes que a querem para eles e

que para o conseguirem não olham a meios.
Em traços largos, e sem quaisquer spoilers,
esta é a sinopse de Uncharted: The Lost
Legacy. No papel, é tudo muito interessante,
mas, na prática, existem alguns pequenos
problemas que temos de abordar.

FÁCIL DEMAIS?

O primeiro prende-se com a falta de
profundidade e dificuldade dos puzzles.
Em The Lost Legacy tudo é fácil de resolver
e, por isso, soa a falso. Não se tem de pensar
muito para se solucionar seja o que for.
O segundo tem a ver com uma das carac-
terísticas principais do jogo: trepar. Neste
episódio tudo é uma questão de colocar
o manípulo para cima e ir clicando nos
botões para que Chloe vá saltando de pedra
em pedra, até chegar ao topo. O utilizado
pouco, ou nada, tem de pensar para chegar
ao cimo sem cair. É uma pena.
Por fim, o sistema de disparo é mauzito.
Se se ligar o auto-aim, é tiro ao boneco e
não tem piada. Se se desligar, consegue-se
disparar quatro ou cinco balas antes de
acertar onde se quer, tudo por causa do
tempo que Chloe demora a apontar a arma.
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