PCGuia265-Fevereiro-2018-opt

(NONE2021) #1

6 / PCGUIA


O que vem à rede


Mentalistas Artificiais


l Um grupo de cientistas japoneses
desenvolveu uma rede neural que consegue
ler os nossos pensamentos. Antes que
comecem a atirar os vossos dispositivos
eletrónicos pela janela fora, não é bem “ler”,
é mais ver. Não melhorou muito, mas
vamos analisar a situação com calma.

O que os cientistas conseguiram foi fazer
com que uma inteligência artificial (IA)
conseguisse reproduzir padrões naturais
(como imagens de pássaros) ou artificiais
(formas geométricas ou letras) baseando-se
na descodificação da actividade visual
cortical. Trocado por miúdos, uma imagem é
processada no cérebro, gerando um sinal que
é traduzido pela IA num monte de manchas
que se assemelham ao que foi visto. Por
vezes parecem mais borrões de Rorschach,
mas há resultados impressionantes.

Juntem essa análise ao arquivo gigantesco
que ajudámos os algoritmos a criar com
a Internet e, em breve, será provável que
hajam imagens em alta resolução geradas
por computador do que está à frente
dos nossos olhos. Ou uma reprodução
bastante fiel disso.

Portanto, não lêem pensamentos, apenas
recriam o que vemos. Podem ficar menos
nervosos.

E serve para quê? Para fazer máquinas iguais
às do Até ao Fim do Mundo e do Strange
Days (eu refiro muito estes filmes porque
são muito bons): para gravar memórias
e passá-las a outros, para gravar sonhos.
O polígrafo parece uma diversão de feira
ao pé disto. Para recriar o que apenas
existe na nossa imaginação, o que não
é necessariamente bom.

A parte visual já está; a seguir virão
os restantes processos cognitivos e de
raciocínio. Depois, como em Altered Carbon,
poderemos guardar a consciência. No fim,
será a máquina e não um sacerdote a provar
que temos uma alma.

ALEX GAMELA
Twitter: @alexgamela

YOUTUBE


VAI MUDAR


A POLÍTICA


DE MONETIZAÇÃO


DOS VÍDEOS


n O YouTube anunciou que vai fazer
mudanças à sua política de monetização
dos vídeos, decisão esta que vai afectar
os canais mais pequenos. Até aqui, os
canais do YouTube precisavam de atingir
as dez mil visualizações totais para
serem elegíveis para o YouTube Partner
Program (YPP). De acordo com Paul
Muret, VP, Display, Video & Analytics do
YouTube, nos últimos meses «ficou claro
que são precisos os requisitos certos
e melhores sinais que identifiquem
os canais que ganharam o direito a
poder ter anúncios». A partir de agora,
em vez de se ter em conta apenas as
visualizações, passará também a valer
a dimensão do canal, passando a ser
preciso mil subscritores e mais de quatro
mil horas de tempo de visualização nos
últimos doze meses para se ser elegível
para monetização do canal.
A equipa do YouTube avisou também
que vai monitorizar de perto sinais
como as advertências por violações das
regras da comunidade, spam e outros
abusos denunciados para garantir que
são cumpridas as regras da plataforma.

Caso seja encontrado um canal que
repetidamente, ou de forma flagrante,
viole as regras da comunidade, o mesmo
será removido do programa.
Como sempre, se uma conta for alvo
de três advertências por violações das
regras da comunidade, será removida
do YouTube. A partir de agora, os canais
incluídos no Google Preferred passarão
a ser alvo de uma curadoria manual e os
anúncios só irão aparecer nos vídeos que
tenham sido verificados e que respeitem
as regras para correr anúncios.
A revisão manual dos canais do Google
Preferred e vídeos deverá estar concluída
em meados de Fevereiro, nos Estados
Unidos, e no final de Março em todos
os restantes mercados onde esta
funcionalidade é oferecida. A equipa
do YouTube sabe que os anunciantes
querem controlos mais transparentes
e, nos próximos meses, irá introduzir um
sistema de três níveis que permite aos
anunciantes «fazerem reflectir o seu
nível de conservadorismo e perceber
o respectivo alcance potencial
em cada um».

HORI LANÇA PRIMEIRO COMANDO SEM FIOS PARA PS


n A Hori, fabricante nipónica de acessórios de gaming, anunciou aquele que é o novo
comando sem fios Bluetooth, aprovado pela própria Sony, para a PlayStation 4. O comando
Onyx da Hori, disponível nas lojas europeias com um preço recomendado de 69,99 euros,
tem de joysticks assimétricos, um painel táctil, os botões Share e Options, assim como
uma pequena barra LED, situada entre o D-pad e o joystick analógico direito e uma porta
USB, para carregamento. Contudo, o Onyx não inclui o altifalante e a barra de luz que
marcam presença no comando DualShock 4.
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