6 / PCGUIA
O que vem à rede
Rede de mentiras
l A mentira faz parte da nossa vida.
As crianças mentem para fugir às respon-
sabilidades ou para impressionar os amigos.
Os adultos fazem o mesmo e chamam a isso
“perfis online”. Aceitamos a mentira porque,
como dizia um certo doutor em Medicina,
toda a gente mente.
Só que o grau de sofisticação das mentiras
no mundo digital é tão grande que não
sabemos muito bem como lidar com isso:
fake news, perfis falsos, bots em vez de
pessoas, imagens manipuladas e, raisparta,
fake porn. Estamos a ir longe demais. Depois
há quem viva para desmontar a mentira com
efabulações, aka teorias da conspiração:
nunca fomos à Lua, Michael Jackson está
vivo, não há nenhum Tesla a flutuar no
espaço. E o alcance destas - desculpem-me
o uso desta falsa palavra - inverdades,
é imenso e imediato.
Em vez de reagirmos naturalmente a este
excesso de tretas com maior vigilância,
parece que as aceitamos cada vez mais,
da mesma maneira como consumimos fast
food, ao ponto de a comida, que não é de
plástico, nos começar a saber mal. Malta,
a verdade sabe mal! Por isso é que
temperamos a coisa com uns pós, ervas e
óleos, porque os brócolos não são saborosos,
nem as vossas férias nos causariam inveja
sem os filtros do Instagram.
O cinismo que isto cria é tal, que a história
de um homem que respondeu ao esquema
do príncipe nigeriano para saber quem
estava do outro lado e acabou por ajudar o
burlão que, afinal, era mesmo da Nigéria,
mas era tudo menos príncipe, parece
completamente falsa. E a guerra no Iémen
é o contexto de uma série americana, e
os programas do Canal História são todos
cientificamente fundamentados. Não é fácil.
O médico recomenda: acreditem no que
quiserem, mas com um grão de sal.
ALEX GAMELA
Twitter: @alexgamela
n Depois de disponibilizarem a
experiência de realidade virtual em que
era possível caçar zombies, a experiência
Zero Latency tem uma nova experiência.
A novidade passa por uma plataforma
de realidade virtual criada pela britânica
Immotion, com simuladores que se
assemelham às corridas do filme Tron,
conjugando dispositivos activados por
movimento com sincronização com áudio
e vídeo. Estas experiências de VR estão
disponíveis com preços que começam nos
cinco euros, no espaço Zero Latency, que
fica no Dolce Vita Tejo, em Lisboa.
ESPAÇO ZERO LATENCY
GANHA NOVAS EXPERIÊNCIAS DE VR
SAMSUNG E OTLIS DESENVOLVEM VIVA MOBILE
n A OTLIS, ACE e a Link Consulting
desenvolveram a VIVA Mobile, uma
aplicação que permitirá transpor cartões
VIVA Viagem para smartphones Android
e, nesta fase, em exclusivo,
no smartwatch Samsung Gear S3.
A Samsung foi o parceiro tecnológico
desta aplicação, disponibilizando o
smartphone Galaxy S8 e o smartwatch
Gear S3 para a realização dos desenvol-
vimentos necessários. Ao incorporar
a informação do cartão VIVA Viagem,
bastará encostar o smartphone Android
ou um Samsung Gear S3 ao validador
dos operadores aderentes e entrar nos
transportes públicos.
A aplicação VIVA está neste momento
na fase de piloto interno em ambiente
produtivo e com pagamentos reais, nos
operadores de transportes de Lisboa
- Carris, CP – Comboios de Portugal,
Fertagus, Soflusa, Transtejo e Metro
Sul do Tejo – utilizando o Galaxy S
complementado pelo Gear S3.