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MAIOR E MELHOR
POR GUSTAVO DIAS
Volvo XC60 T8 R-Design
A Volvo tem estado a electrificar todos os seus
modelos, ao disponibilizar uma motorização
híbrida plug-in juntamente com os tradicionais
motores de combustão. Mas será esta
a escolha acertada para todas as ocasiões?
O
XC60 tem sido, nos últimos anos, o
modelo mais importante da Volvo,
por ser o automóvel mais vendido da
marca sueca, com mais de um milhão de
unidades vendidas desde o seu lançamento.
Com a chegada da segunda geração, a
Volvo transformou o XC60 num SUV ainda
mais elegante, luxuoso, bem equipado e, à
semelhança dos modelos da série 90 (XC90,
S90, V90 e V90 CC), já pode ser escolhido
com uma motorização híbrida plug-in. Para
isto, a Volvo voltou a usar a combinação
do motor 2.0 a gasolina de 320 cavalos
(graças ao turbo e compressor) com um
motor eléctrico de 87 cavalos, colocado no
eixo traseiro, gerando uma potência total
combinada de 407 cavalos.
Recorrendo a uma bateria de 10,8 kWh,
é possível percorrer até 45 Km em modo
totalmente eléctrico, ou usando o modo
híbrido, realizar consumos próximos dos
conseguidos com um modelo com motor
diesel (esqueça os 2,1 l/100 km anunciados).
HÍBRIDO ATÉ QUANDO?
À semelhança do que aconteceu com o
XC90 com a mesma motorização, a questão
da electrificação parece perfeita enquanto
temos bateria, o pior é quando a mesma se
esgota, como durante uma viagem longa.
Nestas situações notamos o motor de
combustão a realizar mais esforço para
garantir o mesmo andamento, ao mesmo
tempo que verificamos os dados indicados
pelo computador de bordo a subir de uns
reais 5 a 6 l/100km para valores acima dos
dez litros. E acredite que tentámos fazer
menos ao conduzir em estradas nacionais
entre Vila Viçosa e Grândola. Sentimos
também que a gestão do sistema eléctrico
deveria ser simplificado através da criação
de um menu específico para o efeito, em vez
de termos funções espalhadas ao longo dos
menus do sistema de infoentretenimento.
QUALIDADE REFORÇADA
Se o anterior XC60 gozava de uma qualidade
de construção e interiores de destaque,
com esta nova geração a Volvo decidiu
elevar o patamar ao aplicar soluções que
já tínhamos encontrado nos modelos mais
recentes da marca. Estamos perante um
interior claramente nórdico, e com orgulho
nas suas origens, não existisse uma bandeira
sueca colocada no banco do passageiro,
bem como gravada por debaixo da saída
do sistema de climatização. A atenção ao
detalhe é bastante, tal como a qualidade
dos materiais usados, tornando assim esta
habitáculo no mais agradável do segmento,
que experimentámos até hoje.
Em relação à tecnologia, poderá contar
com tudo o que a Volvo oferece noutros
automóveis, como o City Safety, Oncoming
Lane Mitigation e a evolução do sistema
BLIS de aviso de viaturas em ângulo
morto, ao intervir na direcção para evitar
potenciais colisões. O brilhante sistema Pro
Pilot de condução semiautomática é um
opcional que merece ser considerado.
Motorização: 2.0 + eléctrico
Potência: 408 cv (potência combinada)
Consumo médio: 2,1 l/100 km
Contacto: volvocars.com/pt
Preço: €56 232 (desde)
INDEPENDENTEMENTE DA MOTORIZAÇÃO ESCOLHIDA, RECOMENDAMOS A ESCOLHA DE UM OPCIONAL
OBRIGATÓRIO: O SISTEMA DE SOM DA BOWERS & WILKINS, UM EXTRA DE 3075 EUROS PLENAMENTE
JUSTIFICADOS PELA EXCEPCIONAL EXPERIÊNCIA PROPORCIONADA PELOS QUINZE ALTIFALANTES
COM CONES EM KEVLAR E 1400 W DE POTÊNCIA COMBINADA.
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