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NETFLIX DISPONIBILIZA TRAILERS
DE TRINTA SEGUNDOS
NAS APPS MOBILE
n A Netflix lançou um sistema de exibição de trailers
para os seus utilizadores mobile inspirado nos modelos
das Stories do Instagram, Facebook e Snapchat, por
exemplo. Os vídeos, que têm duração de trinta segundos,
são reproduzidos de forma automática, disponibilizados
em formato vertical e vistos em slideshow, em que o
utilizador pode saltar um vídeo sem ter de regressar ao
ecrã principal e pode adicionar as séries que considerar
interessantes à funcionalidade ‘A minha lista’ para
ver mais tarde. De acordo com o serviço de streaming,
a novidade «resulta de vários anos de testes»,
que revelaram que a exibição de trailers «ajuda os
utilizadores a descobrirem novos conteúdos».
KASPERSKY ALERTA
PARA FALHAS DE SEGURANÇA
EM APPS DE ENCONTROS
n Os investigadores da empresa de cibersegurança
anunciaram que diversas aplicações de dating
(encontros), que utilizam ferramentas de desenvol-
vimento de software (SDK) de terceiros, transmitem
de forma não encriptada informações sensíveis
armazenadas nas apps. Além disso, os SDK, que são
muitas vezes pertencentes a redes de publicidade,
podem ser usados para apresentar anúncios maliciosos
em vez de legítimos, fazendo com que os utilizadores
descarreguem malware para os seus equipamentos.
Os dados recolhidos pelas aplicações são enviados
em HTTP e sem encriptação, ficando desprotegidos na
viagem até aos servidores e podendo ser interceptados
e modificados por qualquer pessoa. De acordo com
a Kaspersky Lab, entre os dados afectados estão
informações pessoais, nomeadamente a idade, género,
email e telefone do utilizador, assim como informações
e localização do dispositivo.
QUEREMOS
RESPOSTAS!
Raj Samani, chief scientist da McAfee,
é daquelas pessoas que tem sempre
uma história interessante para contar.
No último encontro da empresa com
os jornalistas, em Paris, “raptámo-lo”
durante cinco minutos e ficámos
a saber das suas dúvidas sobre
o real impacto que as falhas
de segurança têm nas redes sociais.Por Ricardo Durand, em ParisA Internet pode, realmente, ser uma ameaça à democracia?
Nos EUA, a expressão ‘vender um presidente’ na TV ficou célebre
durante a primeira campanha de Bill Clinton com George Bush.
Será que as redes sociais podem fazer o mesmo?
O problema é que determinar impacto real disso é impossível. Mas
sabemos que o Twitter enviou 1,4 milhões de mensagens, através de bots,
para os utilizadores durante períodos eleitorais recentes. Contudo,
medir a influência que isso teve não é uma tarefa simples. Houve impacto,
sem dúvida. Mas a questão é: quão grande pode ter sido nas decisões
das pessoas.Será que o utilizador comum das redes sociais se importa
realmente onde está e como é usada a sua informação?
Não sei se a expressão correcta é ‘não se importa’. São palavras muito
fortes e a realidade é que o impacto destas notícias de quebras e falhas
de segurança é muito complicado de medir. Por exemplo, se o meu
automóvel for roubado, eu não posso ir trabalhar, ou deslocar-me
de um lado para o outro. Contudo, se os meus dados forem apenas
“copiados” (não roubados), como é que posso saber o impacto
que isso tem na minha vida?Quem é que pode ser o melhor e mais transparente regulador aqui?
Empresas de segurança como a McAfee podem ajudar?
Vai ter de haver um esforço de colaboração entre os sectores público e
privado. É errado estarmos a assumir que uma única empresa ou órgão de
estado tem todas as respostas e soluções para este problema.Qual é que é achas que é o perfil do hacker comum: um profissional
ou um miúdo que, tal como disseste na tua apresentação [ndr: ver
notícia de entrada, página 4] quer apenas pagar os estudos?
Ora aí está uma questão que interessa. O velho estereótipo de que
é um tipo com um capuz preto a lançar ataques de malware ou
ransomware tem de acabar. O advento do cibercrime como o serviço
[cybercrime-as-a-service, CaaS] veio provar-nos que o mercado está
aberto a qualquer pessoa com uma ligação à Internet e que esteja
disposto a aprender um pouco, para começar a receber dinheiro.
Inclusive miúdos que só querem pagar os estudos.Qual é que será o maior desafio de cibersegurança no mercado
do dinheiro digital, a criptomoeda?
Confiança. A dura realidade é que tem havido muitos casos de fraude
relacionados com criptomoedas, desde mineração a burlas nos processos
de oferta inicial de moeda [ICO - Initial Coin Offerings], já houve muitos
problemas que causaram perdas enormes a investidores que não pouco
podem fazer para reaver o dinheiro perdido.Raj Samani
Chief Scientist da McAfee