PC Guia n°292 Maio 2020

(NONE2021) #1
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André RosA
@andrer

A 5.ª COLUNA


INSCRIÇÕES PARA O CALL FOR CODE GLOBAL
CHALLENGE 2020 ESTÃO ABERTAS

A IBM anunciou que as inscrições para a sua
iniciativa focada nas alterações climáticas estão
abertas. Desenvolvido em parceria com os Direitos
Humanos das Nações Unidas e a Linux
Foundation, o Call for Code Global Challenge
deste ano abrange também a COVID-19 e, por isso,
vai procurar soluções sustentáveis e que mitiguem
a doença, utilizando tecnologia de código aberto
e na cloud. Programadores de todo o mundo são,
assim, desafiados pela IBM a «usarem as suas
capacidades e domínio das tecnologias mais
recentes para promover mudanças positivas
e duradouras em todo o mundo», explica
a empresa em comunicado. Ao nível do ambiente,
as soluções devem resolver problemas ligados
à sustentabilidade da água, sustentabilidade

energética e resiliência a desastres, essenciais
para interromper e reverter as alterações
climáticas e ajudar a cumprir os Objectivos de
Desenvolvimento Sustentável da ONU. Em relação
ao novo Coronavírus, as ferramentas devem ser
desenvolvidas em três eixos: ensino à distância,
comunicação de crise e cooperação comunitária.
As inscrições podem ser feitas em callforcode.org
até 31 de Julho, sendo que os vencedores serão
anunciados no Global Challenge 2020 previsto
para Outubro. As soluções para a COVID-
tiveram um primeiro prazo de entrega em Abril,
dada a urgência da situação, para puderem
começar desde já a ser acompanhadas, mas
continuam a poder ser feitas candidaturas até
ao prazo indicado. M.F.

Respondendo aos receios de que a partilha de
mensagens privadas podem potenciar a circulação
de notícias falsas acerca da pandemia de
COVID-19, os responsáveis pela aplicação de
mensagens instantâneas WhatsApp anunciaram
limites ao reenvio das mensagens recebidas.
Assim, as mensagens identificadas como ‘muito
partilhadas’, que tenham passado numa cadeia de
mais de cinco pessoas, só poderão ser reenviadas
para um único contacto. Esta imposição
tem o intuito de reduzir a velocidade com
que a informação é disseminada através

do WhatsApp e de tentar colocar os factos
e a ficção em pé de igualdade.
Esta não é a primeira vez que a rede social coloca
limites, já que, no ano passado, começou a fixar em
cinco, o número de pessoas para as quais as
mensagens podem ser reenviadas em simultâneo,
quando inicialmente esse valor era de 256.
No entanto, este limite não impede ninguém de
reenviar a mesma mensagem muitas vezes, para
pessoas diferentes. Contudo, a introdução desta
barreira já ajudou a reduzir em 25% os reenvios
totais no serviço em todo o mundo. P.T

WHATSAPP
IMPÕE LIMITES
À PARTILHA
DE MENSAGENS VIRAIS

SERVIÇO UNIVERSAL


DE INTERNET


Olá a todos. Este mês vou tentar explicar
o porquê de considerar que deveria existir
um serviço universal de Internet em Portugal.
Não é uma questão de ‘se’, mas sim ‘quando’
é que vai ser implementado.


Pensei escrever sobre isto quando li o artigo,
sobre o tema, publicado recentemente pela
Shifter (bit.ly/2VF3uei). Nesse artigo,
é questionado se não faz sentido a Internet ser
um serviço universal, principalmente neste
momento em que vivemos e com os mais novos
a precisarem da mesma para terem aulas



  • até porque a Internet ainda não chega a todos
    infelizmente.


Desde 2009 que, no Partido Pirata Português,
defendemos que o acesso à Internet devia
pertencer ao serviço universal de
comunicações e ser para todos os cidadãos.
Pois, no Artigo 37.º da Constituição da
República Portuguesa, sobre a liberdade
de expressão e informação, temos:



  1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar
    livremente o seu pensamento pela palavra,
    pela imagem ou por qualquer outro meio, bem
    como o direito de informar, de se informar
    e de ser informados, sem impedimentos nem
    discriminações.


E hoje a informação é veiculada
essencialmente através da Internet, pelo
que se deve garantir o direito a esta «sem
impedimentos nem discriminações».
Além disso, defendemos ainda a introdução de
redes municipais sem fios nas zonas do País
onde as redes das operadoras não conseguem
ou não querem chegar (devido a questões
de rentabilidade económica).


É verdade que antes era mais fácil implementar
isto, porque pelo menos uma empresa
de telecomunicações era estatal. Infelizmente,
já não existe e, como tal, o Estado tem de pagar
a uma das empresas existentes (através
de concurso público). Ainda assim, é algo
inevitável e esta crise está a prová-lo.


Até ao próximo mês.


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02 ON


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