CONCLUSÃO
Qualquer que seja o vosso objectivo, existe uma panóplia de formatos que podem escolher
e cujos resultados tornarão ainda mais especial o vosso computador. Eu próprio ainda não
experimentei todos, mas já fiquei a magicar como o fazer, para depois ter ideias de novos artigos
para esta secção - o modding é assim mesmo, ter umas ideias soltas e bastante diversão.
Acho que nunca imaginei escrever
três meses seguidos sobre
ser produtivo no mundo digital,
mas está a acontecer. E, por
coincidência, o Alex Gamela falou
de um detalhe muito importante
na revista do mês passado: ser
produtivo, para uma pessoa
saudável em todos os ramos
(incluindo o mental), deverá ser
significado de ter ‘tempo para não
fazer nada’ ou pelo menos de
‘decidir o que fazer’ (pessoalmente,
fazer nada é algo que me faz muita
confusão). Isto fez-me logo pensar
numa mão cheia de aplicações para
fazerem tracking do vosso tempo
e hábitos, desde tarefas isoladas
a repetitivas. Para quem é muito
organizado e tem consciência
temporal, passar para um formato
digital não tem interesse algum,
mas para quem não percebe muito
bem para onde “foge” o tempo da
vida real, são mega úteis e existe
muito para aprender. Muitas
aplicações, ou até o próprio sistema
operativo, já permitem saber quanto
tempo investiram em cada app, com
métricas básicas por dia, semana e
mês. Muito provavelmente, estas
aplicações, em conjunto com o que
recolhem para gerar as vossas
preferências, sabem mais de vós
que conseguem imaginar. E voltam
a sugerir aquilo a que as
“habituaram”, por isso percebem
rapidamente o ciclo vicioso que
leva muitas pessoas a consumir
mais de quatro horas diárias
numa rede social, no telemóvel.
Se se quiserem assustar um pouco
com estas estatísticas de vida
digital, deixo-vos com quase
cinquenta factos: bit.ly/2RpsfJv
Até ao próximo mês!
PRODUTIVIDADE
TECNOLÓGICA 3
Luís Alves
nickname Shuper’ Luu’
LACAGEM
Ao contrário de todas as outras técnicas deste
guia, a lacagem só pode ser aplicada aos
componentes metálicos, porque implica a cura
num forno a altas temperaturas. Aqui, faz-se
a aplicação da tinta, que na realidade é um pó
com grãos de tamanho similar, que depois vão
ao forno e formam uma camada única,
homogénea e muito resistente aos riscos
e mossas (onde geralmente uma tinta comum
descasca a lacagem só fica com um pequeno
raspão). Como a cura faz com que toda a tinta
se una, devem lacar os componentes de forma
individual, ou seja, remover todos os rebites
e parafusos. Utilizei esta pintura numa caixa
construída de raiz num sistema mini ITX
(bit.ly/32osI59).
VINIL
Não é uma técnica que envolva tinta, mas
é igualmente válida para a aplicação de uma
cor ou padrão na caixa de computador.
A principal vantagem deste adesivo é ser fácil
de aplicar/remover, além das possibilidades
ilimitadas do conteúdo a imprimir. O projecto
em que gostei mais de a utilizar foi o NZXT
S340 One Punch Man (bit.ly/3htsNc7).
WATER TRANSFER PAINT
Também conhecida como ‘hidropaint’, é uma
técnica bastante complexa de pintura que
utiliza uma película de tinta de espessura fina
em suspensão na água, onde se mergulham as
peças. É muito utilizada quando se quer ter uma
textura como a de efeito de carbono, camuflado
ou padrões abstractos.
Cada peça é mergulhada de forma individual,
depois da aplicação de um activador sobre
a película de tinta e muito dificilmente existirão
duas peças exactamente iguais, o que neste
caso é o objectivo. A Wet Transfer Paint tem
bastantes vantagens relativamente ao vinil em
termos de aderência e acabamento final, mas,
claro, é mais difícil de remover.
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