05-12-2020 PC Guia

(NONE2021) #1

VIRTUALIZAÇÃO EM LINUX


Virtualizar passou a ser obrigatório nos dias de hoje e ferramentas de
código aberto são, muito provavelmente, das mais usadas para esse efeito.
Mas, afinal, o que é virtualização, porque é que se deve usar e que tipos há?

Em ciência da computação, ‘virtual’ significa ‘um ambiente de
hardware ou físico que não é real’. O que acontece é que as
funções do hardware físico são duplicadas e “apresentadas” a um
sistema operativo. A tecnologia utilizada para criar esse ambiente
pode ser chamada de ‘tecnologia de virtualização’ ou ‘virtualização’.
O sistema físico que executa o software de virtualização (hipervisor)
é designado de ‘host’ (hospedeiro) e as máquinas virtuais instaladas na
parte superior do hipervisor são as ‘guests’ (convidadas).

POR QUÊ USAR VIRTUALIZAÇÃO EM LINUX?
Actualmente, há uma grande variedade de opções de virtualização
disponíveis em Linux, que ajudam a converter um único computador,
em vários. As soluções populares de virtualização Linux são a KVM
(Kernel-based Virtual Machine), a Xen (zen), a QEMU e a VirtualBox.
Um pouco mais à frente neste artigo será dada uma explicação
melhor sobre estas soluções. Alguns dos principais factores que
contribuem para um maior uso de virtualização em Linux são
a abertura, a flexibilidade e o desempenho.
Assim como em qualquer outro software de código aberto,
o software de virtualização para Linux é desenvolvido de maneira
colaborativa, recebendo mais contribuições da comunidade em
comparação com o código fechado. Além disso, ajuda indirectamente
a reduzir os custos de pesquisa e desenvolvimento, melhora
a eficiência, o desempenho e a produtividade. O modelo de código
aberto incentiva sempre à inovação.

AS SETE VANTAGENS DA VIRTUALIZAÇÃO

1


Consolidação do servidor: ajuda a economizar energia, reduz
a área ocupada por todo o datacenter e o número de servidores
físicos (bem como os seus componentes), ajuda economizar mais
dinheiro e também a aproveitar melhor a energia. Outra vantagem

é provisionar várias máquinas virtuais com a quantidade exacta de
recursos de CPU, memória e armazenamento, garantindo assim
um melhor aproveitamento da utilização do hardware.

2


Isolamento de serviços: ao contrário de um cenário físico,
a virtualização de um servidor ajuda ao isolamento de aplicações
e também resolve problemas de compatibilidade, agrupando muitas
dessas máquinas virtuais em menos servidores físicos, o que
simplifica a administração desses serviços.

3


Aprovisionamento mais rápido: preparar um sistema físico
consome algum tempo, mesmo se houver um processo
automatizado no caminho. Gerar uma máquina virtual a partir de
modelos de imagens é bem mais rápido e não temos de nos
preocupar com a configuração de recursos físicos.

4


Recuperação em caso de desastres: ter um datacenter
virtualizado permite tirar partido dos snaptshots das máquinas
virtuais e ter rapidamente uma máquina “limpa”, a funcionar e fazer
migração de VM (virtual machines) - é um plano melhor, mais fácil de
aplicar e com uma taxa de sucesso mais alta.

5


Balanceamento de carga dinâmico: vai depender muito das
políticas definidas, mas se um servidor está sobrecarregado
com várias máquinas virtuais é mais fácil fazer uma (migração ao vivo)
para um servidor ou servidores com menos carga. A maioria das
soluções de virtualização incluem essas políticas para o utilizador.

6


Desenvolvimento mais rápido e ambiente de teste: criar um
ambiente de testes e de desenvolvimento temporário é fácil.
Exemplo disso é o uso do Multipass, em que para criar uma máquina
virtual para testes, com base no Ubuntu, basta usar um comando.
Isto ajuda a eliminar conflitos de bibliotecas causados por várias
instalações, algo mais complicado em servidores físicos.

7


Sistema mais seguro e confiável: Uma solução de
virtualização adiciona uma camada de abstração entre
a máquina virtual e o hardware físico. É comum que os dados do
disco rígido físico sejam corrompidos por algum motivo e que
afectem todo o servidor. No entanto, se estiver
armazenado num disco rígido de uma máquina virtual,
o disco rígido físico do sistema host ficará intacto e não
haverá necessidade de se preocupar com a substituição
do disco rígido virtual. Quem fala em discos, fala
também de memória ou de outro componente físico.
Trabalhar num ambiente isolado de virtualização é mais
seguro e flexível. Por exemplo, vamos imaginar que uma
determinada VM não precisa de acesso à Internet ou a outras redes
de produção: aqui, a máquina virtual pode ser facilmente configurada
para aceder apenas a uma rede completamente isolada e restringir
o acesso a outros utilizadores.

VIRTUALIZAÇAO TOTAL E PARAVIRTUALIZAÇÃO
A virtualização total simula o hardware físico existente, que por sua
vez é emulado numa máquina virtual, com outro sistema operativo

42

08 LINUX
ANDRÉ PAULA
Free download pdf