CONCLUSÃO
Depois de ter sido alcançada
a massificação destes sistemas,
é muito fácil encontrar
computadores que os usem.
O preço está cada vez mais perto
de os tornar a solução n.º 1, com
algumas versões a usar um radiador
de 240 mm (para duas ventoinhas)
muito perto de chegar aos cem
euros, colocando de fora qualquer
sistema peça-a-peça e destruindo
muitos dissipadores a ar.
A meio de Outubro tive a grande
oportunidade de ir como expositor
ao Techdays Aveiro 2020, a convite
da Magicshot Gaming Network, com
quatro dos meus projectos, que já
partilhei convosco em edições
anteriores: o Sharkoon Drakonia Night
Shark (com pintura em tom camaleão),
o NZXT One Punch Man S340 Elite
(vinil completo na caixa toda e corte
para radiador de 360mm), o Sharkoon
Dragon Ball Pure Steel (com as cores
do mangá e do fato do Son Goku)
e o NZXT Back2School H510 Elite
(que vos mostrei no mês passado).
Mesmo sem ser essa a intenção, todos
os computadores eram refrigerados
a água: dois deles com um sistema AiO
da NZXT e outros dois com sistemas
peça-a-peça de vários blocos.
Muitas das perguntas feitas pelo
público foram sobre este método
de refrigeração, os seus preços,
manutenções que exigem e as marcas
com que costumo trabalhar mais.
Mas eis que surgiu o maior problema:
o computador que estava a atrair mais
atenções, o Sharkoon Dragon Ball
Pure Steel, não tinha qualquer
iluminação interna e as pessoas
questionaram várias vezes como
ficaria quando estivesse ligado...
quando já estava.
Os outros três computadores
tinham RGB ou fitas LED UV -
aparentemente, a iluminação
interna é agora tão padronizada
que o minimalismo de ter apenas
alguns LED da motherboard acesos
já não é suficiente. Cheguei ao fim
do evento arrependido de não
ter uma fita de LED dentro do
computador, porque o público tinha
razão: as bolas de cristal que foram
utilizadas como adereço teriam
outro impacto com iluminação RGB.
É RGB A MENOS!
Luís Alves
nickname Shuper’ Luu’
FIABILIDADE
A Asetek é um exemplo claro do rigor
na qualidade que se deve aplicar nestes
sistemas, para evitar dissabores:
produção controlada, automatizada, com
rastreabilidade a 100%, enchimento com
precisão, teste de integridade com hélio
e temperaturas extremas. Mas nem tudo
previne as falhas que são geradas pelo
utilizador final e, recentemente, muito tem
sido feito no sentido de dar informação
de como instalar a quem compra estes
sistemas. Aconselho que vejam um vídeo
da Gamers Nexus sobre o assunto:
bit.ly/3n27IIL.
DESEMPENHO
Devido à superior condutividade térmica,
os sistemas líquidos têm uma capacidade
de refrigeração superior às alternativas
a ar. Os dissipadores a ar actuais têm de
utilizar outras tecnologias, como os
heatpipes, para se manterem competitivos;
de outra forma tornar-se-iam inúteis para
os processadores e gráficas. Um sistema
de refrigeração líquida construído peça
a peça costuma ter um desempenho
superior a um sistema AiO, mas isto nem
sempre acontece. Por quê? Porque, ao ser
criado numa estrutura mais pequena, com
resistência controlada do fluxo (bloco
único e conhecido), comprimento de tubo
fixo (sem adição de novos elementos)
e radiador com densidade pré-determina-
da, tudo pode ser ajustado para o melhor
desempenho possível e para ter um ruído
aceitável. Outra vantagem é que,
geralmente, as soluções integradas
são mais fáceis de ligar na placa-mãe
e de regular a velocidade, conforme
a temperatura do processador, quer
para as ventoinhas, quer para a bomba.
FUGAS
A possibilidade de ter uma fuga continua
a assustar muitas pessoas e marcas. Desde
que um sistema é fabricado até ser instalado
pelo utilizador (que pode não saber muito
bem o que está a fazer), vários desastres
podem acontecer. Para evitar estas
situações, as marcas foram implementando
novas ideias, como um controlo rigoroso do
rácio líquido/ar dentro do sistema (que
nunca é 100% líquido), formas do utilizador
adicionar novo líquido e válvulas que
corrigem o sistema, sempre que este fica
em sobrepressão (como o Anti-Leak Tech
Inside da DeepCool).
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