Se tem um monitor
com taxa de
actualização
com 120 Hz
ou mais, será
compatível com,
pelo menos,
uma destas
tecnologias.
Não odeia quando, a meio de um jogo,
a imagem parece ter falhas, como se
estivesse a apanhar interferências? Estas
falhas chamam-se ‘screen-tearing’
e acontecem quando a taxa de fotogramas
gerados pela placa gráfica é incapaz de
acompanhar a que é reproduzida no ecrã.
Para garantir uma imagem sem falhas, tanto
a Nvidia como a AMD desenvolveram as suas
próprias tecnologias, que têm como objectivo
sincronizar estes dois “mundos”.
AMD FREESYNC
A tecnologia FreeSync tem como função
fazer variar a taxa de reprodução de
fotogramas do ecrã à velocidade dos gerados
pela placa gráfica, estando preparada para
ajustar essa frequência de actualização entre
9 e 240 Hz, embora nem todos os ecrãs
consigam alcançar este amplo intervalo de
frequências. A grande vantagem desta
solução da AMD, em detrimento da G-Sync
SINCRONIZAÇÃO
DE IMAGEM
De nada serve ter a placa gráfica mais potente e o monitor mais rápido do mercado, se não
conseguirem trabalhar em conjunto. Saiba como funciona a Nvidia G-Sync e a AMD FreeSync.
da Nvidia, está no facto de dispensar o uso de
licenças, bem como de alterações no
hardware dos ecrãs, razão pela qual teve uma
adopção mais universal. Esta tecnologia exige,
no entanto, que a controladora gráfica seja
uma AMD Radeon, podendo esta estar
instalada num PC, num portátil ou numa
consola, como as novas Xbox Series X e PS5.
Existem três variantes FreeSync: a básica,
a Premium (que exige que o ecrã seja capaz de
reproduzir imagens 1080p a, pelo menos,
120 Hz e ter compatibilidade com baixa
latência) e a Premium Pro (com HDR).
NVIDIA G-SYNC
Embora funcione de forma similar à FreeSync,
a Nvidia G-Sync recorre a um controlador
integrado no circuito do monitor para garantir
uma sincronização perfeita com a placa
gráfica, placa essa que tem de ser, no mínimo,
uma GeForce GTX da série 10 (arquitectura
Pascal). Para garantir uma comunicação
perfeita entre os dois elementos, é necessária
a utilização de uma elevada largura de banda,
daí ser exigido uma ligação DisplayPort 1.2.
Infelizmente, a necessidade de obrigar a uma
licença, bem como de utilização de um
controlador integrado no monitor, levou a que
esta tecnologia fosse demasiado cara, logo,
altamente criticada. Graças a essas críticas,
a Nvidia decidiu mudar de estratégia e criou
novas variantes da tecnologia G-Sync, como
a G-Sync Compatible, que permite que
qualquer monitor compatível com
a reprodução de taxas variáveis (como
FreeSync) possa ser considerado ‘G-Sync
Compatible’ - porém, todos têm de ser
testados e certificados pela Nvidia.
Mas, como seria de esperar, foi igualmente
criada uma certificação de topo, a G-Sync
Ultimate, que pode ser usada com ecrãs
de todo o tipo de dimensões, taxas de
actualização até 360 Hz e reprodução
de conteúdos HDR.
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09 DESCOMPLICÓMETRO
GUSTAVO DIAS