Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1

Auxílio maior exigiría ajuste fiscal mais amplo, alerta time de Guedes


Banco Central do Brasil

Folha de S. Paulo/Nacional - Mercado
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: Bernardo Caram e Renato Machado


Brasília - O Congresso deve colocar em votação nesta
semana a proposta que promove ajustes nas contas
públicas como parte do acordo para liberar o pagamento
de uma nova rodada do auxílio emergencial.


As discussões se afunilaram para um modelo com três
ou quatro parcelas entre R$ 250 e R$ 300 para a
assistência. Inicialmente, o Ministério da Economia
defendia o valor de R$ 200.


Está prevista para esta segunda-feira (22) a
apresentação do relatório da PEC (proposta de emenda
à Constituição) do Pacto Federativo. O texto traz
gatilhos que acionam cortes de gastos públicos.


A ideia do governo e de líderes partidários é que a PEC
seja votada no plenário do Senado já na quinta-feira
(25).


Embora líderes do Congresso tenham afirmado que a
nova rodada do auxílio não será diretamente
condicionada a contrapartidas no Orçamento, a equipe


econômica quer compensar o custo da assistência a
médio e longo prazos.

O argumento é que a despesa vai impactar a dívida
pública e precisa ser acompanhada correção
Orçamento e, por consequência, na economia.

Por isso, membros da pasta afirmam que não haveria
problema em ampliar o custo do programa, desde que
as medidas de compensação também sejam ampliadas.

A equipe do ministro Paulo Guedes (Economia)
reconhece a resistência de deputados e senadores a
aprovar cortes orçamentários. Por isso, afirma que a
ideia é construir uma proposta com uma cesta mínima
necessária de ações para equilibrar o horizonte fiscal.

O relator da PEC, senador Márcio Bittar (MDB-AC), tem
reunião programada com técnicos do Ministério da
Economia para a manhã desta segunda-feira (22).

Em 2020, ao negociar o auxílio emergencial, o governo
foi vencido pela pressão de congressistas e aumentou o
valor das parcelas. Isso gerou uma explosão de gastos
públicos.

No ano passado, após proposta inicial de R$ 200 do
Ministério da Economia, o Congresso fechou acordo
para aumentar a parcela para R$500. Depois, o
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) autorizou o
valor de R$ 600.

Com renovações do benefício, que teve parcelas
reduzidas para R$ 300 até ser encerrado em dezembro,
o custo total ao Tesouro ficou em quase R$ 300 bilhões.
O valor não foi compensado porque foram retiradas
amarras do Orçamento.

Neste ano, as regras fiscais foram retomadas. O
governo passou a negociar, então, a criação de uma
cláusula de calamidade pública que poderá ser
acionada em momentos de crise, como agora.
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