MÔNICA BERGAMO
Banco Central do BrasilFolha de S. Paulo/Nacional - Ilustrada
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - ColunistasClique aqui para abrir a imagemAutor: com Bruno B. Soraggi, Bianka Vieira e Victoria
Azevedo
PENTE FINO
Um levantamento interno da Ancine (Agência Nacional
do Cinema) que analisou todos os investimentos do
Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) entre 2018 e 2020
apontou que das dez produtoras que mais receberam
recursos, nove têm potencial de conflito de interesse.
Pente 2
Segundo apuração preliminar, essas empresas tiveram
ou ainda mantêm relação profissional com ex-diretores
da agência, membros do comitê gestor do FSA e
representantes do setor que atuam junto à Ancine.
Ranking
Essas dez que mais captaram concentraram 11% (cerca
de R$ 165 milhões) de todo o montante desembolsado.
A porcentagem aumenta para 18% (R$ 258 milhões)
quando são analisadas as 20 primeiras empresas do
ranking. O estudo listou 977 produtoras que obtiveram
recursos nesses três anos.De olhoA partir do levantamento, a diretoria da Ancine pretende
votar, nesta semana, um plano de integridade voltado a
produtores e servidores para evitar condutas
questionáveis e possíveis irregularidades.Olho 2O manual vai definir, entre outras coisas, critérios para o
gerenciamento de riscos na aprovação e
acompanhamento de projetos que buscam investimento
público.CoroA saída do neurocientista Miguel Nicolelis da
coordenação do comitê científico do Consórcio Nordeste
reforçou o clima de desânimo por parte da equipe de
médicos e pesquisadores que o integram.ConsideraçãoEmbora os grupos de trabalho sigam operando e as
notas técnicas com recomendações para o combate à
Covid-19 nos estados sejam publicadas regularmente,
membros do comitê veem seu trabalho sendo
desperdiçado desde que ele não tem sido incorporado
às medidas adotadas pelos governos.IdemO sentimento, segundo relato de um dos participantes à
coluna, é de que os governadores não estão agindo de
forma tão diferente do governo federal.FilaSete deputados paulistas assinam um ofício no qual
pedem que policiais militares e civis, guardas municipais