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O Globo/Nacional - Opinião
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Cenário Político-Econômico - Colunistas
É nesse quadro que nossas campanhas se movem.
Teríamos muito mais eficácia se houvesse mais
proximidade, se as pessoas sentissem que os
conselheiros também buscam soluções para atenuar a
aspereza de suas vidas.
Tudo isso não impediu ações de solidariedade nos
morros do Rio e uma atividade assistencial intensa em
Paraisópolis, uma região que foi sacudida antes da
pandemia por uma violenta ação da PM.
Mas, de um modo geral, creio, a raiz da nossa
vulnerabilidade está na distância entre os dirigentes e
as pessoas. Não há partidos, organizações
intermediárias; os indivíduos se sentem sós e
aprofundam a ilusão de uma existência isolada.
Acreditam que estão arriscando apenas sua vida, mas,
na verdade, levam muitas consigo.
Enquanto não nos livrarmos de um tipo de governo e
buscarmos uma correção de rumos, o Brasil poderá até
escapar do coronavírus, mas será sempre um país
vulnerável, quase indefeso.
Talvez essas reflexões sejam mais adequadas para
depois da pandemia, mas sinceramente ninguém sabe
quando acabará: melhor é aceitar que o próximo
desastre já começou, sem que nos déssemos conta.
"No Brasil, as pessoas sentem que a cidadania traz
poucas vantagens; logo, não merece nenhum tipo de
sacrifício"
Assuntos e Palavras-Chave: Cenário Político-
Econômico - Colunistas