Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1

Corretoras recomendam venda de papéis da Petrobras após troca


Banco Central do Brasil

O Globo/Nacional - Economia
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
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Autor: RENATO ANDRADE E BRUNO ROSA


Antes mesmo da abertura dos mercados, corretoras e
gestoras passaram a recomendar a venda dos papéis
da Petrobras, após o anúncio de troca no comando da
estatal feito pelo presidente Jair Bolsonaro sexta-feira. A
preocupação entre analistas é se a interferência vai se
limitar à petroleira ou se poderá afetar outros setores. A
expectativa é que grandes fundos se desfaçam do
papel. A gestora internacional Aberdeen Standard, dona
de 0,5% do capital social da Petrobras, enviou carta ao
presidente do Conselho de Administração assinada pelo
diretor global de ativos da gestora, Devam Kalook, e
pelo diretor da operação brasileira, Eduardo Figueiredo,
como antecipou a colunista do GLOBO Míriam Leitão
em seu blog. A gestora afirma que apoia a defesa da
política de preços da estatal e alerta para o risco de
retorno ao passado de interferência.


"O retomo ao passado seria um revés na trajetória de
reconstrução de credibilidade da companhia e melhora
de governança observada nos últimos anos, colocando
em risco não apenas a estratégia atual da companhia,
mas também todos os esforços do país em atrair


investimentos privados", diz o texto. E acrescenta:
"Mudanças no corpo de executivos atual da companhia,
sem um devido racional e rigoroso processo, serão
tomadas como negativas". A gestora afirma que seguirá
vigilante de forma a "proteger a empresa de
interferências indevidas".

Em relatório, a XP passou a recomendar a venda dos
papéis e mira valor de R$ 24 por ação. Na sexta, as
ordinárias (com voto) fecharam a R$ 27,33. As
preferenciais (sem voto), a R$ 27,10. Em
teleconferência, o analista Gabriel Francisco resumiu o
relatório: - Não faz sentido ter recomendação numa
petroleira que não se beneficia de melhora nos preços
do petróleo.

O Bradesco BBI também rebaixou sua recomendação.

Uma das preocupações do mercado é a abrangência da
ação de Bolsonaro. Se ela for além da Petrobras, pode
pressionar mais fortemente o câmbio. Neste cenário,
Caio Megale, economista-chefe da XP, vê risco de o
dólar fechar o ano entre R$ 5,80 e R$ 6.

É movimento que se restringe ao setor de petróleo ou
representa mudança (mais ampla)? Cruzamos um
rubicão importante - disse, lembrando interferências de
governos anteriores com impacto negativo na economia.

O economista André Perfeito, sócio da Necton
Investimentos, diz em relatório que a medida deve levar
o Banco Central a iniciar em março ciclo de alta da
Taxa Selic, atualmente em 2% ao ano.

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