Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1

Nada de Bolsonaro sozinho na pista


Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Política
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

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Autor: DENISE ROTHENBURGLUIZ CARLOS AZEDO


Liberado pelo ex-presidente Lula para desfilar como pré-
candidato do PT à Presidência da República, o ex-
prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que
representou o Partido dos Trabalhadores na última
eleição presidencial, dá a largada à sua pré-campanha
acusando o empresariado brasileiro de ter "contratado o
caos" em 2018 ao apoiar Jair Bolsonaro em "troca de
dinheiro miúdo" e alguns por "dinheiro graúdo",
referindo-se à expectativa de privatização da Eletrobras
e da Petrobras,que faziam parte dos planos de Paulo
Guedes.


Nesta entrevista ao Correio, ele anuncia que o partido
não vai esperar 2022 para pressionar pela vacinação,
pela volta do auxílio emergencial e pela geração de
empregos, áreas em que avalia que o governo
fracassou. "Não podemos deixar Bolsonaro sozinho na
pista", afirma Haddad, que considera Bolsonaro uma
pessoa "perigosa". Quanto à rejeição ao PT, que levou
o partido à derrota em 2018, ele considera que passou:
"A rejeição ao Bolsonarismo já superou essa. Hoje, mais
de 50% da população não quer a continuidade dessa


loucura que virou o país, que é um país necrófilo,
cultivando a morte, o desemprego, o desalento", diz. A
seguir os principais pontos da entrevista.

O senhor já é o pré-candidato ou o PT pode apoiar outro
partido?

Eu acredito que é natural que uma pessoa que tenha
ido ao segundo turno de uma eleição presidencial seja
lembrada pelo próprio partido. Mas nós sabemos que
estamos lutando há muitos anos para provar a
parcialidade do juiz Sergio Moro no julgamento do Lula.
Entendemos que conseguimos recolher mais do que
evidências. Recolhemos provas cabais de que o Moro
agiu como chefe da acusação, o que é vedado por lei.
Quero crer, até pela declaração de vários ministros, de
que querem Justiça e não perseguição, que nós temos
uma possibilidade de resgatar a democracia no Brasil.
Não podemos abdicar da democracia. Não se trata de
nomes, se trata de Justiça. Agora, o Lula, realmente, me
pediu, conforme revelei, que não aguardemos isso. Não
temos o mando dos prazos judiciais. Sabemos que a
Justiça será feita, mas não sabemos quando. Temos
que ter clareza que o Bolsonaro não pode ficar sozinho,
em campanha, com um plano de ação atroz, que tem
trazido tanta desgraça para o povo brasileiro. Esse é o
sentido do meu afastamento da sala de aula para me
colocar à disposição do PT até as eleições de 2022.
Esse é o sentido, não deixar Bolsonaro só.

O senhor já deve ter uma proposta de programa
esboçada. Quais seriam as três prioridades de debates
nesta pré-campanha eleitoral?

Não podemos aguardar 2022 para pressionar o governo
a vacinar as pessoas. Essa sabotagem que o governo
Bolsonaro fez com a vacina e com o isolamento social,
que trouxe tanto desemprego e sofrimento para as
famílias brasileiras, será uma agenda das caravanas já
em 2021, não vamos aguardar 2022 para discutir isso,
emprego, renda e saúde pública. Não podemos deixar
Bolsonaro sozinho na pista. Vamos discutir com a
população a vacinação e o auxílio emergencial
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