Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1
Banco Central do Brasil

Correio Braziliense/Nacional - Economia
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Banco Central

contas que estão atrasadas, como o mercado, a conta
de água, a conta de luz. Logo, vai sobrar menos recurso
para o consumo e o impacto no PIB será menor",
avaliou o economista-chefe da MB Associados, Sergio
Vale.


Além disso, pontuou Lisandra Barbero, é difícil imaginar
que os brasileiros que aproveitaram o auxílio
emergencial para comprar bens duráveis e semi-
duráveis, como eletrodomésticos, ou para fazer
reformas em casa, façam essas compras novamente.
"Parte do consumo foi antecipado. Por isso, o auxílio
terá um impacto nas vendas, mas não tão grande como
o de 2020. O comércio de alimentos e bebidas deve
sentir mais o efeito, mas o de bens não essenciais nem
tanto", disse a economista.


Assim, a XP Investimentos acredita que o auxílio vai
elevar o consumo das famílias em 0,13 ponto percentual
no segundo trimestre e em 0,21 ponto percentual no
terceiro trimestre de 2021. É um incremento bem mais
modesto que o do ano passado, quando o auxílio fez o
varejo brasileiro alcançar patamares recordes de
vendas -- o Centro de Pesquisa em Macroeconomia das
Desigualdades (Made) da Universidade de São Paulo
(FEA/USP) calcula que o consumo das famílias
brasileiras poderia ter despencado até 14,7% em 2020
por conta da crise da covid-19, mas caiu 6% já que foi
impulsionado pelo auxílio emergencial.


Por conta disso, a volta do auxílio emergencial não deve
causar mudanças significativas no PIB do Brasil em
2021, segundo economistas. Ao contrário, o que se vê
nas últimas semanas são revisões negativas da
atividade econômica. No último Boletim Focus, por
exemplo, a mediana das projeções do mercado para o
PIB deste ano caiu de 3,47% para 3,43% na semana
passada. "Por enquanto, o impacto no PIB anual é nulo.
Mantemos a projeção de um PIB de 3,4% neste ano,
apesar da nova rodada do auxílio, até porque também
precisamos entender quais vão ser os contrafactuais da
nova rodada do auxílio. O efeito fiscal, por exemplo,
pode elevar o risco Brasil, depreciar o câmbio e elevar a
inflação, desacelerando o consumo, se não for bem
calibrado", explicou a economista da XP Investimentos.


O marco fiscal solicitado pelo ministro da Economia,
Paulo Guedes, como uma contrapartida para a volta do
auxílio emergencial passa pelas propostas de emenda à
Constituição (PECs) da Emergência e do Pacto
Federativo e deve ser votado na próxima quinta-feira
pelo Senado. O texto que será levado a plenário, no
entanto, deve ser bem mais enxuto do que o imaginado
inicialmente por Guedes. Para garantir que a medida
passe de forma célere pelo Congresso e permita que os
pagamentos do auxílio emergencial sejam retomados
em março, o texto deve evitar temas polêmicos e focar
apenas no que é necessário para destravar o auxílio
emergencial. Medidas de cortes de gastos, como a
redução do salário dos servidores públicos, por
exemplo, devem ficar para outro momento.

Assuntos e Palavras-Chave: Banco Central - Perfil 1 -
Banco Central, Banco Central - Perfil 1 - Banco Central
do Brasil, Banco Central - Perfil 1 - Bacen, Banco
Central - Perfil 1 - Produto Interno Bruto, Banco Central


  • Perfil 2 - Banco Central, Banco Central - Perfil 3 -
    Banco Central, Banco Central - Perfil 3 - Banco Central
    do Brasil, Banco Central - Perfil 1 - Paulo Guedes

Free download pdf