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O Estado de S. Paulo/Nacional - Notas e Informações
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - Ministério da Fazenda
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Desgoverno
Bolsonaro Ficção?
"Se dependesse de mim, não seria esse o regime que
estaríamos vivendo", disse Jair Bolsonaro em evento
em Campinas. Mas qual regime seria, se dependesse
dele? Um regime militar ditatorial? É o que parece,
porque abusa de suas prerrogativas presidenciais,
conquistadas democraticamente, para atacar a própria
democracia, veladamente ou, algumas vezes,
explicitamente, ao afrontar ministros do Supremo
Tribunal Federal, nomear cada vez mais militares para
postos-chave do governo, como agora na Petrobrás,
além de dar guarida e suporte a uma gentalha
arrogante, violenta e despreparada, eleita em diversos
partidos de direita a reboque do bolsonarismo nas
eleições de 2018. É a mesma receita da ditadura
bolivariana, quando militariza tudo e libera mais armas
via decreto para seguidores e milicianos. Mas o grande
final estará reservado para 2022, caso as urnas
eletrônicas não o sufraguem e ele não saia vencedor.
Poderá alegar fraude, como Donald Trump, seu ídolo e,
com o governo já saturado de militares, consumar seu
autogolpe com o apoio deles. Que tal enredo não passe
de ficção.
JOSÉ EDUARDO ZAMBON ELIAS
[email protected]
MARÍLIA
Caos anunciado
Analisando o "currículo" de Daniel Silveira e suas
ligações político-fraterno-partidárias com a família
Bolsonaro, é fácil concluir que o episódio criminoso
protagonizado por ele era de pleno conhecimento e
aprovação presidencial. Escapamos de uma gravíssima
ruptura entre Judiciário e Legislativo, ou seja, um passo
em direção à total dilaceração de nossas instituições
democráticas. Tudo caminhando para o caos anunciado
pelo capitão para 2022.
NELSON PENTEADO DE CASTRO
[email protected]
SÃO PAULO
Intervenção na Petrobrás
Bolsonaro usa uma régua particular para medir as
consequências de seus atos, calculando-as com base
no número de votos que pensa que disso advirá. Pa- ra
ele, as reações do mercado, o reflexo nas contas
públicas, a cotação do dólar, a opinião do ministro
Paulo Guedes e dos demais assessores é despicienda
ante seu projeto de reeleição. Essa é a razão por que a
reação dos caminhoneiros vale mais que a dos
investidores, principalmente os estrangeiros, que não
votam no Brasil ... Essa conclusão é referendada pelos
especialistas no estudo de mentes populistas, como a
dele e de sua antecessora Dilma Rousseff, que nesse
aspecto em nada se diferenciam.
LAIRTON COSTA [email protected]