Clipping Banco Central (2021-02-22)

(Antfer) #1

'Nossa matriz de transporte é desbalanceada


Banco Central do Brasil

O Estado de S. Paulo/Nacional - Economia
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Banco Central - Perfil 1 - B3

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Autor: Isaac de Oliveira


ENTREVISTA


Schettino, presidente da Hidrovias do Brasil


O ano de 2020 foi desafiador para a economia, mas a
Hidrovias do Brasil usou o período para comprovar
teses. A empresa de logística integrada, que estreou na
B3 em setembro do ano passado movimentando R$ 3,4
bilhões, conseguiu não somente crescer em um ano
atípico, mas também provar sua estratégia de se expor
em setores que sofrem menos com crises
macroeconômicas. "Operamos com agronegócio, grãos,
minério de ferro, minério de bauxita e com papel e
celulose, que foram muito bem na crise", diz Fabio
Schettino, presidente da Hidrovias do Brasil. A seguir,
os principais trechos da entrevista:



  • A Hidrovias reestruturou a dívida, mas sem alterar
    significativamente o montante original. Em que medida
    isso vai beneficiar a empresa?


O que nos propusemos a fazer foi uma recompra


antecipada dos bonds ( títulos ) que venciam em 2025.
A partir daí, emitimos uma dívida nova. Com essa
captação, nós pagamos a recompra, só que em
condições mais favoráveis, tanto do ponto de vista de
prazo como de custo. Isso é muito favorável para a
gestão de caixa da companhia. Para o acionista, é muito
bom porque gera valor para a empresa ter uma dívida
mais longa e, principalmente, mais barata. Esse
movimento nos coloca preparados para o próximo ciclo
de crescimento, à medida que geramos muito fluxo de
caixa livre.


  • Depois de quase um de pandemia, o que a Hidrovias
    tira de lição desse período?


Vamos deixar para trás uma série de desafios, mas
vamos carregar para o futuro uma série de
aprendizados também. Eu digo internamente que não
há nada como uma boa crise para provar fundamento.
O nosso negócio foi plenamente testado nessa
pandemia. A companhia cresceu bastante no ano
passado, mesmo sujeita a um ambiente extremamente
complexo. De janeiro a setembro, em um período
comparado com o mesmo do ano anterior, o
faturamento cresceu mais de 50%. Tudo isso em meio a
uma situação muito delicada. Isso mostra a resiliência
dos fundamentos da companhia.


  • Quais fundamentos?


Os setores que nós operamos são poucos
correlacionados com o PIB do Brasil. Operamos com
agronegócio, grãos, minério de ferro, minério de bauxita
e com papel e celulose, que foram muito bem na crise.
A estratégia foi ampliar a exposição em setores que
sofrem menos com essas crises macroeconômicas. Por
outro lado, são setores onde o País atua como um
player global. O Brasil continuou sendo o grande
provedor de grãos, de minério e papel e celulose para o
mundo, mesmo durante a pandemia. Mas os
fundamentos operacionais também são importantes. A
companhia tem ativos de primeiríssima qualidade, com
um nível de produtividade muito alto. Em situações de
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